Cúpula árabe termina com pedido de independência palestina
Documento também expressa a consternação diante da violência e os excessos cometidos em nome da religião
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2012 às 23h41.
Lima- A 3ª Cúpula de chefes de Estado e de Governo de América do Sul e dos Países Árabes (ASPA) foi encerrada nesta terça-feira com um chamado pela paz, o desarmamento nuclear no Oriente Médio e a defesa da independência dos palestinos.
Ao fechar a cúpula, o presidente do Peru, Ollanta Humala, disse que a Declaração de Lima assinada pelos líderes reúne as expectativas e esperanças de ambas as regiões em torno da não-proliferação de armas de destruição em massa, o respeito aos direitos humanos e o repúdio a toda forma terrorismo.
O documento também expressa a consternação diante da violência e os excessos cometidos em nome da religião, e condena a falta de respeito e as ofensas à sensibilidade religiosa das pessoas e dos povos em geral.
Humala afirmou ainda que a Declaração de Lima defende o direito do povo palestino e de todas as nações de sua região à independência e a viver em paz e segurança, dentro de fronteiras reconhecidas e respeitadas.
''Nesse sentido, ratificamos nossa adesão às resoluções das Nações Unidas e chamamos às partes em conflito a retomar as negociações de paz em um clima de boa fé, disposição e respeito''.
Na declaração também foi mencionado que a América Latina introduziu na discussão política o tema das Ilhas Malvinas, cuja soberania é reivindicada pela Argentina, a condenação à tentativa de golpe no Equador em 2009 e se ressaltou a inviolabilidade das sedes diplomáticas, em alusão ao caso do asilo concedido pelo Equador ao fundador do Wikileaks, Julian Assange.
Humala anunciou que a próxima cúpula do ASPA será realizada pela Arábia Saudita em 2015. Durante dois dias, o encontro reuniu no Peru representantes de 12 países sul-americanos e 22 árabes, além de cerca de 400 empresários que participaram do fórum econômico e de negócios realizado em paralelo à cúpula.