As próximas reformas do Reino Unido
Após longos quatro meses de argumentações, que deixou a população dividida, os britânicos decidiram pela permanência na União Europeia. Foram XX votos a XX, num referendo que levou às urnas XX milhões de eleitores nessa quinta-feira. Vitória para o primeiro-ministro David Cameron, que gastou todos os argumentos possíveis, dos mais emocionais aos mais sensatos, durante […]
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2016 às 19h39.
Última atualização em 22 de junho de 2017 às 18h22.
Após longos quatro meses de argumentações, que deixou a população dividida, os britânicos decidiram pela permanência na União Europeia. Foram XX votos a XX, num referendo que levou às urnas XX milhões de eleitores nessa quinta-feira. Vitória para o primeiro-ministro David Cameron, que gastou todos os argumentos possíveis, dos mais emocionais aos mais sensatos, durante a campanha. Agora, resta saber se ele vai conseguir colocar em prática suas promessas de renegociar os acordos dentro do bloco.
Pelo menos essa foi uma das condições: Cameron afirmou que brigaria pela permanência se a União Europeia aceitasse fazer as reformas que ele propõe. A partir do ano que vem, o primeiro-ministro deve tentar renegociar com base no texto que aprovou com Donald Tusk, presidente da União Europeia, em fevereiro deste ano. São quatro pontos principais de reforma: governança econômica, competitividade, imigração e soberania.
Um dos pedidos do primeiro-ministro é um corte emergencial dos benefícios dos imigrantes e barrar sua entrada, mas no texto não ficou claro como isso vai ser colocado em prática nem quanto tempo vai durar – o que facilitam futuras mudanças. Será negociado um acordo de proteção para os países que não utilizam o euro, o direito dos parlamentos de negar decisões da União Europeia e a suspensão de concessão de nacionalidades a partir de casamentos forjados. Também deve entrar na discussão o excesso de burocracia para fechar negócios, abrindo caminhos para acordos de livre comércio com países América e Ásia.
De um lado, os eurocéticos questionam: “só isso?”, do outro, os líderes da União Europeia criticam as medidas extremamente conservadoras em relação aos imigrantes. Cameron garante que está comprometido com os pontos-chave que listou no manifesto e que vai trabalhar em cima deles. O fato é que: agora, os britânicos continuam europeus. E ainda há uma longa estrada pela frente para minimizar a insatisfação de fazer parte do bloco.