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As principais declarações de Donald Trump ao Times

Entrevistas de Trump para o britânico The Times e ao jornal alemão Bild causaram repercussão nesta segunda-feira

Donald Trump: "Começo confiando nos dois (Merkel e Putin), mas vamos ver quanto tempo dura. Talvez não por muito tempo" (Getty Images)

Donald Trump: "Começo confiando nos dois (Merkel e Putin), mas vamos ver quanto tempo dura. Talvez não por muito tempo" (Getty Images)

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AFP

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 14h39.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu uma entrevista aos jornais britânico The Times e alemão Bild que provocou rapidamente a reação dos europeus. A seguir, algumas de suas principais declarações.

O Brexit, 'uma grande coisa'

"Acredito que o Brexit acabará sendo uma grande coisa".

"Penso realmente que se (os países da UE) não tivessem sido obrigados a aceitar tantos refugiados, com todos os problemas que isso gera, o Brexit não teria ocorrido".

Acordo comercial 'rápido' com Reino Unido

Perguntado sobre a possibilidade de assinar um acordo comercial com o Reino Unido, respondeu "absolutamente, muito rapidamente", acrescentando que sua administração trabalhará "muito duro para alcançá-lo (este acordo) rapidamente e com tudo em ordem". Um pacto seria "bom para ambas as partes", afirmou.

'Erro catastrófico' de Angela Merkel

"Acredito que cometeu um erro catastrófico e que foi acolher todos estes (migrantes) ilegais, acolher todas estas pessoas vindas de todo lugar".

'Outros países deixarão' a UE

"Acredito que outros países deixarão" a União Europeia, seguindo o exemplo de Londres, segundo ele, por culpa da crise migratória.

"Penso que mantê-la (a UE) unida não será tão fácil como muita gente pensa".

"A UE foi construída, parcialmente, para combater os Estados Unidos em nível comercial, não? Não me preocupa, realmente, se vai se separar ou permanecer unida, para mim, isso não tem importância".

A Otan, 'obsoleta'

"Já disse há muito tempo que a Otan tinha problemas. Em primeiro lugar porque está obsoleta porque foi criada há muitos e muitos anos" e "em segundo lugar os países (membros) não pagam o que deveriam".

"Está obsoleta porque não se ocupou do terrorismo", acrescentou.

O EI, prioridade número 1

Interrogado sobre sua prioridade como comandante-em-chefe do exército americano, respondeu: "ISIS" (acrônimo em inglês do grupo Estado Islâmico, EI), mas disse que preferia "não dizer nada" do que planejava, para não ser como "Obama ou outros".

Acordo nuclear iraniano, "um dos piores acordos"

"Não quero dizer o que farei a respeito do acordo com o Irã. Mas não estou feliz com o acordo com o Irã, acredito que é um dos piores acordos que foram feitos, acredito que é o mais estúpido que vi...".

Rússia na Síria, 'coisa muito ruim'

Sobre a intervenção da Rússia na Síria: "Acredito que é algo muito duro. É uma coisa muito ruim".

Em uma crítica ao presidente em fim de mandato Barack Obama, acrescentou: "Tivemos a possibilidade de fazer alguma coisa (...) e não aconteceu nada. Foi o único momento e agora já parece muito tarde".

Acordo para "reduzir" o armamento nuclear na Rússia

"Vamos ver se podemos fazer bons acordos com a Rússia. Penso que o armamento nuclear deve ser reduzido sensivelmente".

Vladimir Putin e Angela Merkel: 'confiança', mas até quando?

"Começo confiando nos dois, mas vamos ver quanto tempo dura. Talvez não por muito tempo".

Perguntado por Angela Merkel, respondeu: "Não a conheço, nunca me reuni com ela". Mas "a respeito muito. Acredito que foi uma grande líder".

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