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Argentinos dão maior importância que britânicos às Malvinas

86% dos argentinos vêem a questão das Malvinas como assunto ''importante'', enquanto o tema é relevante para 62% dos britânicos entrevistados

A pesquisa também identificou que 56% dos argentinos consultados aprovam o modo como o governo de Cristina Kirchner atua no conflito (©AFP / Juan Mabromata)
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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 19h15.

Buenos Aires - Os argentinos dão maior importância que os britânicos à questão da soberania das ilhas Malvinas, indicam resultados divulgados nesta terça-feira da primeira pesquisa conjunta sobre o tema feito nos dois países.

Pelo estudo desenvolvido pela empresa de consultoria argentina Ibarómetro e a britânica YouGov, 86% dos argentinos vêem a questão das Malvinas como assunto ''importante'', enquanto o tema é relevante para 62% dos britânicos entrevistados.

Apesar da diferença, tanto argentinos (89%) quanto britânicos (62%) consideram legítimas as exigências de soberania exercidas pelos seus respectivos países e, em ambos os casos, concedem pouca legitimidade à demanda do outro.

Um ponto interessante percebido entre os jovens de ambas as nacionalidades é a maior predisposição em atender a reivindicação alheia e reconhecer sua legitimidade, apontaram as consultoras em comunicado.

A pesquisa também identificou que 56% dos argentinos consultados aprovam o modo como o governo de Cristina Kirchner atua no conflito pelas ilhas ocupadas pelos britânicos desde 1833. Há 30 anos dos dois países travaram uma guerra pela soberania das mesmas.

O apoio dos britânicos ao papel do governo de David Cameron na disputa é menor, de 42%, detalha a pesquisa.

Por sua vez, os argentinos (45%) se sentem mais respaldados que os britânicos (18%) pela comunidade internacional neste conflito.


Ao serem consultados sobre como deve ser resolvida a disputa, 83% dos argentinos são favoráveis a abertura de uma negociação diplomática, enquanto só 37% dos britânicos apoiam a ideia de diálogo.

Na Argentina, entretanto, há consenso no entorno de que o arquipélago deveria passar para as mãos argentinas (66%), enquanto no Reino Unido as opiniões estão divididas, principalmente, entre os que acreditam que seu país deveria reter a soberania (37%) e aqueles que consideram que as Malvinas deveriam ser uma nação independente (28%).

Para 21% dos argentinos e 14% dos britânicos, no entanto, existe a disposição de compartilhar a soberania das ilhas.

''Apesar destas divergências, existe um importante ponto de encontro entre ambos os países: nas duas sociedades é minoritário o percentual de cidadãos (26% de argentinos e 42% de ingleses) dispostos a acompanhar seus governos pelo caminho bélico'', destaca o estudo.

Na Argentina, a pesquisa foi aplicada no dia 2 de abril, data em que o início da Guerra das Malvinas completou 30 anos. Ao todo, 1,8 mil pessoas em todo o país foram entrevistas por telefone, com nível de confiança de 95%, com margem de erro de 2,3% para mais e para menos. No Reino Unido, a pesquisa foi feita pela internet, entre os dias 2 e 3 de abril com 1.744 pessoas em todo o país.

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Buenos Aires - Os argentinos dão maior importância que os britânicos à questão da soberania das ilhas Malvinas, indicam resultados divulgados nesta terça-feira da primeira pesquisa conjunta sobre o tema feito nos dois países.

Pelo estudo desenvolvido pela empresa de consultoria argentina Ibarómetro e a britânica YouGov, 86% dos argentinos vêem a questão das Malvinas como assunto ''importante'', enquanto o tema é relevante para 62% dos britânicos entrevistados.

Apesar da diferença, tanto argentinos (89%) quanto britânicos (62%) consideram legítimas as exigências de soberania exercidas pelos seus respectivos países e, em ambos os casos, concedem pouca legitimidade à demanda do outro.

Um ponto interessante percebido entre os jovens de ambas as nacionalidades é a maior predisposição em atender a reivindicação alheia e reconhecer sua legitimidade, apontaram as consultoras em comunicado.

A pesquisa também identificou que 56% dos argentinos consultados aprovam o modo como o governo de Cristina Kirchner atua no conflito pelas ilhas ocupadas pelos britânicos desde 1833. Há 30 anos dos dois países travaram uma guerra pela soberania das mesmas.

O apoio dos britânicos ao papel do governo de David Cameron na disputa é menor, de 42%, detalha a pesquisa.

Por sua vez, os argentinos (45%) se sentem mais respaldados que os britânicos (18%) pela comunidade internacional neste conflito.


Ao serem consultados sobre como deve ser resolvida a disputa, 83% dos argentinos são favoráveis a abertura de uma negociação diplomática, enquanto só 37% dos britânicos apoiam a ideia de diálogo.

Na Argentina, entretanto, há consenso no entorno de que o arquipélago deveria passar para as mãos argentinas (66%), enquanto no Reino Unido as opiniões estão divididas, principalmente, entre os que acreditam que seu país deveria reter a soberania (37%) e aqueles que consideram que as Malvinas deveriam ser uma nação independente (28%).

Para 21% dos argentinos e 14% dos britânicos, no entanto, existe a disposição de compartilhar a soberania das ilhas.

''Apesar destas divergências, existe um importante ponto de encontro entre ambos os países: nas duas sociedades é minoritário o percentual de cidadãos (26% de argentinos e 42% de ingleses) dispostos a acompanhar seus governos pelo caminho bélico'', destaca o estudo.

Na Argentina, a pesquisa foi aplicada no dia 2 de abril, data em que o início da Guerra das Malvinas completou 30 anos. Ao todo, 1,8 mil pessoas em todo o país foram entrevistas por telefone, com nível de confiança de 95%, com margem de erro de 2,3% para mais e para menos. No Reino Unido, a pesquisa foi feita pela internet, entre os dias 2 e 3 de abril com 1.744 pessoas em todo o país.

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