Mundo

Promotor que denunciou Cristina Kirchner é encontrado morto

Ele foi encontrado baleado no banheiro de seu apartamento em Buenos Aires


	Cristina Kirchner: Nisman denunciou a presidente por negociar um plano para garantir impunidade e "acobertar fugitivos iranianos"
 (Marcos Brindicci/Reuters)

Cristina Kirchner: Nisman denunciou a presidente por negociar um plano para garantir impunidade e "acobertar fugitivos iranianos" (Marcos Brindicci/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 06h00.

São Paulo - O promotor federal argentino Alberto Nisman foi encontrado morto na madrugada desta segunda-feira, no banheiro de seu apartamento em Buenos Aires, no bairro de Puerto Madero, segundo informaram as agências EFE, AFP e Reuters. De acordo com a Reuters, o corpo fora baleado.

Na última quarta-feira (14), Nisman denunciou a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o chanceler Héctor Timerman por negociar um plano para garantir impunidade e "acobertar fugitivos iranianos", referindo-se aos acusados do ataque terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 18 de julho de 1994.

O promotor, encarregado do caso Amia, solicitou abertura de inquérito contra a presidente e o chanceler. Ele iria apresentar os detalhes da denúncia ao Congresso argentino nesta segunda-feira.

Nisman acreditava que a Casa Rosada estimulou a impunidade dos acusados por motivos econômicos. Em troca da obtenção de acordos comerciais com o Irã, especialmente para as exportações de carne e oleaginosas, a Argentina - que desde 2004 enfrenta crise energética - receberia petróleo iraniano.

"A presidente e seu chanceler tomaram a criminosa decisão de fabricar a inocência do Irã para saciar interesses da República da Argentina", escreveu Nisman em documento enviado à Associated Press.

O promotor argumenta que a cúpula do governo Kirchner negociou e organizou com Teerã "um sofisticado plano" para acobertar participantes do atentado.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaCristina KirchnerMortesPolíticos

Mais de Mundo

Maduro convoca apoiadores para mobilização de votos de última hora

Venezuelanos protestam em Miami por não poderem votar nas eleições de seu país

Governo de Bangladesh restaura internet após protestos

Israel promete ‘revanche’ contra Hezbollah após foguete matar 12 em campo de futebol

Mais na Exame