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Argentina proíbe demissões e suspensão de trabalhadores por 60 dias

Decreto que busca preservar os empregos durante a pandemia do coronavírus foi detalhado aos prefeitos pelo presidente Alberto Fernández

Alberto Fernández: medida durante pandemia de coronavírus foi assinada pelo presidente d (Ricardo Ceppi / Colaborador/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 1 de abril de 2020 às 16h07.

Última atualização em 2 de abril de 2020 às 02h41.

O governo da Argentina proibiu por decreto as demissões e suspensões de trabalhadores por um prazo de 60 dias, em mais uma medida para sustentar a atividade econômica em meio à quarentena obrigatória decretada no país devido ao avanço do novo coronavírus .

De acordo com o jornal El Clarín, a medida foi publicada em uma edição extraordinária do Diário Oficial, publicada na terça-feira.

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"São proibidas as demissões sem justa causa e por motivos de falta ou redução de trabalho e força maior pelo período de 60 dias contados da data de publicação deste decreto no Diário da República", determino o decreto em seu artigo II.

A norma acrescenta que é ''essencial garantir a preservação dos empregos por um período razoável, a fim de preservar a paz social e que isso só será possível se a emergência for tratada com um diálogo social em todos os níveis e não com medidas unilaterais".

O decreto 329/2020 estabelece  ainda que "as demissões e suspensões previstas em violação ao disposto" na norma "não produzirão nenhum efeito, mantendo as relações trabalhistas existentes e suas condições atuais".

Segundo o Clarín, o presidente Alberto Fernández deu detalhe do decreto que freia as demissões durante uma videoconferência, na terça-feira, com os prefeitos.

O jornal argentino informa ainda que, simultaneamente, o governo está preparando um programa de assistência emergencial para trabalho e produção para empresas afetadas pela crise. Mais de 380 bilhões de pesos serão destinados para ajudar as empresas, incluindo as pequenas e médias, por meio desse plano.

As empresas que aderirem ao programa obterão reduções de até 95% nos encargos empregatícios e o Estado pagará parte do salário dos trabalhadores.

* Com informações do El Clarín

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