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Argentina não dá explicações a Israel por acordo com Irã

"O atentado sofrido pelo povo de nossa pátria no dia 18 de julho de 1994 não envolveu nenhum cidadão israelense.", disse a chancelaria argentina em comunicado

Argentina: acordo prevê a realização de interrogatórios aos requeridos pela Justiça argentina, oito iranianos e um libanês, mas em Teerã (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 20h17.

Buenos Aires - A Argentina rejeitou nesta terça-feira de forma "enérgica" o pedido de explicações formulado por Israel pela assinatura de um acordo entre o país sul-americano e o Irã para esclarecer o ataque terrorista em 1994 à sede do consorciado judaico Amia, em Buenos Aires.

"O atentado sofrido pelo povo de nossa pátria no dia 18 de julho de 1994 não envolveu nenhum cidadão israelense. As vítimas foram em sua grande maioria cidadãos argentinos e incluem seis cidadãos bolivianos, dois poloneses e um chileno", disse a chancelaria argentina em comunicado.

O Ministério das Relações Exteriores divulgou esta nota oficial depois que o embaixador argentino em Tel Aviv, Carlos Faustino García, foi citado hoje pela chancelaria israelense para solicitar "explicações" pelo memorando de entendimento assinado este domingo pela Argentina e o Irã.

Segundo o documento assinado, ambos países criarão uma comissão de juristas que revisará as atuações judiciais em torno do atentado e recomendará um plano de ação para seu esclarecimento.

O acordo prevê a realização de interrogatórios aos requeridos pela Justiça argentina, oito iranianos e um libanês, mas em Teerã.


O memorando deverá ser tratado no Congresso argentino já que o acordo estabelece que só entrará em vigência uma vez que receba a ratificação parlamentar de ambos países.

Ao rejeitar hoje a pretensão do Governo israelense, a chancelaria argentina disse em seu comunicado que Buenos Aires "jamais citou um embaixador israelense para pedir explicações sobre ações de seu Governo".

"Portanto, a chancelaria argentina expressa que dita citação para reivindicar explicações sobre decisões soberanas da República Argentina é um ato impróprio que se rejeita de forma enérgica e que vai contra as tradicionais relações de amizade que existem entre as nações", conclui a nota oficial.

O chanceler argentino, Héctor Timerman, se reuniu hoje em Buenos Aires com representantes da comunidade judaica local para explicar-lhes os alcances do acordo.

O atentado com carro-bomba contra a Amia, no qual morreram 85 pessoas, foi o segundo ataque terrorista contra alvos judeus na Argentina, depois que 29 pessoas morreram em 1992 devido à explosão de uma bomba em frente à embaixada de Israel em Buenos Aires.

A comunidade judaica atribui ao Irã e ao Hezbollah o planejamento e a execução de ambos atentados.

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Buenos Aires - A Argentina rejeitou nesta terça-feira de forma "enérgica" o pedido de explicações formulado por Israel pela assinatura de um acordo entre o país sul-americano e o Irã para esclarecer o ataque terrorista em 1994 à sede do consorciado judaico Amia, em Buenos Aires.

"O atentado sofrido pelo povo de nossa pátria no dia 18 de julho de 1994 não envolveu nenhum cidadão israelense. As vítimas foram em sua grande maioria cidadãos argentinos e incluem seis cidadãos bolivianos, dois poloneses e um chileno", disse a chancelaria argentina em comunicado.

O Ministério das Relações Exteriores divulgou esta nota oficial depois que o embaixador argentino em Tel Aviv, Carlos Faustino García, foi citado hoje pela chancelaria israelense para solicitar "explicações" pelo memorando de entendimento assinado este domingo pela Argentina e o Irã.

Segundo o documento assinado, ambos países criarão uma comissão de juristas que revisará as atuações judiciais em torno do atentado e recomendará um plano de ação para seu esclarecimento.

O acordo prevê a realização de interrogatórios aos requeridos pela Justiça argentina, oito iranianos e um libanês, mas em Teerã.


O memorando deverá ser tratado no Congresso argentino já que o acordo estabelece que só entrará em vigência uma vez que receba a ratificação parlamentar de ambos países.

Ao rejeitar hoje a pretensão do Governo israelense, a chancelaria argentina disse em seu comunicado que Buenos Aires "jamais citou um embaixador israelense para pedir explicações sobre ações de seu Governo".

"Portanto, a chancelaria argentina expressa que dita citação para reivindicar explicações sobre decisões soberanas da República Argentina é um ato impróprio que se rejeita de forma enérgica e que vai contra as tradicionais relações de amizade que existem entre as nações", conclui a nota oficial.

O chanceler argentino, Héctor Timerman, se reuniu hoje em Buenos Aires com representantes da comunidade judaica local para explicar-lhes os alcances do acordo.

O atentado com carro-bomba contra a Amia, no qual morreram 85 pessoas, foi o segundo ataque terrorista contra alvos judeus na Argentina, depois que 29 pessoas morreram em 1992 devido à explosão de uma bomba em frente à embaixada de Israel em Buenos Aires.

A comunidade judaica atribui ao Irã e ao Hezbollah o planejamento e a execução de ambos atentados.

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