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Argentina amanhece paralisada e governo critica movimento

O país amanheceu paralisado por uma greve geral convocada pelos sindicatos opositores ao governo

Estação Retiro de Buenos Aires durante greve: mais de 1 milhão de trabalhadores, segundo a Confederação Geral do Trabalho, estão participando da greve (AFP/Arquivos)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2014 às 14h08.

Buenos Aires - A Argentina amanheceu nesta quinta-feira paralisada por uma greve geral convocada pelos sindicatos opositores ao governo, que considerou o movimento uma tentativa de "sitiar os grandes centros urbanos".

Mais de um milhão de trabalhadores, segundo os números fornecidos pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal organizador da paralisação, estão participando da greve, realizada contra o "ajuste, a inflação e a insegurança", e que afeta principalmente Buenos Aires e sua área metropolitana.

Em entrevista coletiva, o chefe de Gabinete do governo argentino, Jorge Capitanich, afirmou que os organizadores da greve "pretendem sitiar os grandes centros urbanos" com "um grande piquete nacional", em referência aos 40 cortes e bloqueios de vias estabelecidos em todo o país.

"Essa é uma antiga metodologia medieval. Na Idade Média, os senhores feudais impediam o acesso à população. Não há lugar para a barbárie nem para medidas que conspiram contra o livre direito de greve dos trabalhadores", disse Capitanich.

"O direito a greve é um direito consagrado na Constituição e me parece completamente legítimo seu uso", argumentou o chefe de Gabinete, embora "o que não se pode fazer é impedir o livre exercício desse direito", acrescentou.

"Há trabalhadores que não estão de acordo e não podem ir para seus lugares de trabalho", denunciou.

Desde primeira hora da manhã, as vias de entrada da capital estão cortadas, principalmente o acesso pela rodovia Panamericana, onde os enfrentamentos entre a polícia e os manifestantes terminaram com duas pessoas feridas e um detido.


Todas as linhas de trem estão paralisadas, assim como os ônibus de curta e longa distância e o metrô.

Além disso, os voos da Aerolíneas Argentinas, Austral, Lan e outras companhias privadas foram suspensos nos principais aeroportos do país, segundo confirmou em declarações a uma rádio local o diretor da Associação de Técnicos Aeronáuticos (APTA), Ricardo Cirielli.

Os principais portos argentinos, como os de Rosário e de Formosa, permanecem sem atividade, pois o sindicato do setor aderiu à greve.

No restante do país, o desemprego afeta principalmente o transporte urbano, a coleta de lixo e os postos de gasolina.

Em algumas províncias, como Córdoba, Santa Fé e San Juan, a paralisação do transporte atingiu também colégios e alguns hospitais.

"A greve triunfou desde a hora zero", garantiu o sindicalista e deputado nacional Néstor Pitrola, para quem "se abre uma nova etapa, que começou com as greves de professores e continua com esta greve, que pode definir para onde vai o país".

O protesto, a segunda greve geral que a presidente Cristina Kirchner enfrenta, foi convocado pela ala opositora da Confederação Geral do Trabalho (CGT), liderada por Hugo Moyano, que passou de aliado do governo para um ferrenho rival.

Entre as exigências dos sindicatos estão melhorias salariais acima de 40%. A última greve geral convocada na Argentina, em novembro de 2012, teve uma alta adesão e paralisou grande parte do país.

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Buenos Aires - A Argentina amanheceu nesta quinta-feira paralisada por uma greve geral convocada pelos sindicatos opositores ao governo, que considerou o movimento uma tentativa de "sitiar os grandes centros urbanos".

Mais de um milhão de trabalhadores, segundo os números fornecidos pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal organizador da paralisação, estão participando da greve, realizada contra o "ajuste, a inflação e a insegurança", e que afeta principalmente Buenos Aires e sua área metropolitana.

Em entrevista coletiva, o chefe de Gabinete do governo argentino, Jorge Capitanich, afirmou que os organizadores da greve "pretendem sitiar os grandes centros urbanos" com "um grande piquete nacional", em referência aos 40 cortes e bloqueios de vias estabelecidos em todo o país.

"Essa é uma antiga metodologia medieval. Na Idade Média, os senhores feudais impediam o acesso à população. Não há lugar para a barbárie nem para medidas que conspiram contra o livre direito de greve dos trabalhadores", disse Capitanich.

"O direito a greve é um direito consagrado na Constituição e me parece completamente legítimo seu uso", argumentou o chefe de Gabinete, embora "o que não se pode fazer é impedir o livre exercício desse direito", acrescentou.

"Há trabalhadores que não estão de acordo e não podem ir para seus lugares de trabalho", denunciou.

Desde primeira hora da manhã, as vias de entrada da capital estão cortadas, principalmente o acesso pela rodovia Panamericana, onde os enfrentamentos entre a polícia e os manifestantes terminaram com duas pessoas feridas e um detido.


Todas as linhas de trem estão paralisadas, assim como os ônibus de curta e longa distância e o metrô.

Além disso, os voos da Aerolíneas Argentinas, Austral, Lan e outras companhias privadas foram suspensos nos principais aeroportos do país, segundo confirmou em declarações a uma rádio local o diretor da Associação de Técnicos Aeronáuticos (APTA), Ricardo Cirielli.

Os principais portos argentinos, como os de Rosário e de Formosa, permanecem sem atividade, pois o sindicato do setor aderiu à greve.

No restante do país, o desemprego afeta principalmente o transporte urbano, a coleta de lixo e os postos de gasolina.

Em algumas províncias, como Córdoba, Santa Fé e San Juan, a paralisação do transporte atingiu também colégios e alguns hospitais.

"A greve triunfou desde a hora zero", garantiu o sindicalista e deputado nacional Néstor Pitrola, para quem "se abre uma nova etapa, que começou com as greves de professores e continua com esta greve, que pode definir para onde vai o país".

O protesto, a segunda greve geral que a presidente Cristina Kirchner enfrenta, foi convocado pela ala opositora da Confederação Geral do Trabalho (CGT), liderada por Hugo Moyano, que passou de aliado do governo para um ferrenho rival.

Entre as exigências dos sindicatos estão melhorias salariais acima de 40%. A última greve geral convocada na Argentina, em novembro de 2012, teve uma alta adesão e paralisou grande parte do país.

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