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Após sete meses, Otan encerra sua missão na Líbia

Organização não pretende se intrometer nas questões internas do país e considera a operação como a "mais bem-sucedida de sua história"

Aviões e helicópteros da Otan efetuaram mais de 26 mil saídas. Aproximadamente 10 mil delas feitas para identificar e atacar alvos (Arnaud Roine/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2011 às 18h12.

Bruxelas/Trípoli - Após sete meses, a Otan encerra no fim desta segunda-feira sua operação militar na Líbia com uma visita surpresa a Trípoli do secretário-geral da Aliança, Anders Fogh Rasmussen.

A Otan ressaltou que não pretende se intrometer nas questões internas do país. A operação, classificada com a mais bem-sucedida da história da organização, começou no dia 31 de março.

"A Otan executou uma missão encomendada pelas Nações Unidas para salvar a vidas de civis. Essa missão acaba esta noite. A partir de agora, os líbios devem traçar seu futuro e serão as novas autoridades encarregadas da segurança do país", afirmou Rasmussen em entrevista coletiva.

O secretário-geral se reuniu com as novas autoridades líbias e assegurou que a organização não planeja ter bases nem se intrometer no país, já que sua defesa compete unicamente ao novo governo.


No entanto, Rasmussen afirmou que a Otan está disposta a cooperar no desenvolvimento das Forças Armadas da Líbia, assim como já faz com outros países árabes

A operação da Aliança procurou reduzir pouco a pouco a resistência militar do regime de Muammar Kadafi e permitir o avanço dos rebeldes do Conselho Nacional de Transição (CNT).

No total, os aviões e helicópteros da Otan efetuaram mais de 26 mil saídas. Aproximadamente 10 mil delas feitas para identificar e atacar alvos.

França e Reino Unido, que já integravam ao lado dos Estados Unidos a coalizão internacional contra o antigo ditador, lideraram as operações da Aliança, apoiados principalmente por países como Dinamarca e Noruega.


A maioria dos aliados e alguns parceiros da organização como o Catar e Emirados Árabes Unidos participaram dos ataques, mas muitos deles se limitaram a tarefas de apoio.

Na sexta-feira passada, quando confirmou o fim das operações para a meia-noite de hoje, Rasmussen assegurou que a Otan tinha cumprido "totalmente o histórico pedido das Nações Unidas para proteger o povo da Líbia".

No entanto, a Otan recebeu muitas críticas, principalmente da Rússia e da China (países com direito de veto no Conselho de Segurança da ONU), que consideram que a organização não respeitou os direitos internacionais e tomou partido dos rebeldes.

Foi o início dos bombardeios aéreos que impediu as forças de Kafadi de conquistar os enclaves rebeldes de Benghazi e Misrata. Além disso, foi a Otan que abriu caminho aos combatentes do CNT.


Diante de um exército sem capacidade antiaérea, os ataques dos aliados foram destruindo as instalações militares do regime de Kadafi, como centros de comando e comunicações, depósitos de armas, carros de combate, peças de artilharia ou plataformas de lançamento de mísseis.

Moscou e Pequim já advertiram que não voltarão a aceitar uma resolução similar para que a Otan atue em outro país. Rasmussen já disse várias vezes que a organização não vai atuar na Síria justamente pela falta de um acordo internacional.

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Bruxelas/Trípoli - Após sete meses, a Otan encerra no fim desta segunda-feira sua operação militar na Líbia com uma visita surpresa a Trípoli do secretário-geral da Aliança, Anders Fogh Rasmussen.

A Otan ressaltou que não pretende se intrometer nas questões internas do país. A operação, classificada com a mais bem-sucedida da história da organização, começou no dia 31 de março.

"A Otan executou uma missão encomendada pelas Nações Unidas para salvar a vidas de civis. Essa missão acaba esta noite. A partir de agora, os líbios devem traçar seu futuro e serão as novas autoridades encarregadas da segurança do país", afirmou Rasmussen em entrevista coletiva.

O secretário-geral se reuniu com as novas autoridades líbias e assegurou que a organização não planeja ter bases nem se intrometer no país, já que sua defesa compete unicamente ao novo governo.


No entanto, Rasmussen afirmou que a Otan está disposta a cooperar no desenvolvimento das Forças Armadas da Líbia, assim como já faz com outros países árabes

A operação da Aliança procurou reduzir pouco a pouco a resistência militar do regime de Muammar Kadafi e permitir o avanço dos rebeldes do Conselho Nacional de Transição (CNT).

No total, os aviões e helicópteros da Otan efetuaram mais de 26 mil saídas. Aproximadamente 10 mil delas feitas para identificar e atacar alvos.

França e Reino Unido, que já integravam ao lado dos Estados Unidos a coalizão internacional contra o antigo ditador, lideraram as operações da Aliança, apoiados principalmente por países como Dinamarca e Noruega.


A maioria dos aliados e alguns parceiros da organização como o Catar e Emirados Árabes Unidos participaram dos ataques, mas muitos deles se limitaram a tarefas de apoio.

Na sexta-feira passada, quando confirmou o fim das operações para a meia-noite de hoje, Rasmussen assegurou que a Otan tinha cumprido "totalmente o histórico pedido das Nações Unidas para proteger o povo da Líbia".

No entanto, a Otan recebeu muitas críticas, principalmente da Rússia e da China (países com direito de veto no Conselho de Segurança da ONU), que consideram que a organização não respeitou os direitos internacionais e tomou partido dos rebeldes.

Foi o início dos bombardeios aéreos que impediu as forças de Kafadi de conquistar os enclaves rebeldes de Benghazi e Misrata. Além disso, foi a Otan que abriu caminho aos combatentes do CNT.


Diante de um exército sem capacidade antiaérea, os ataques dos aliados foram destruindo as instalações militares do regime de Kadafi, como centros de comando e comunicações, depósitos de armas, carros de combate, peças de artilharia ou plataformas de lançamento de mísseis.

Moscou e Pequim já advertiram que não voltarão a aceitar uma resolução similar para que a Otan atue em outro país. Rasmussen já disse várias vezes que a organização não vai atuar na Síria justamente pela falta de um acordo internacional.

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