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Após reeleição, Xi parte em defesa do socialismo na China

A China não sacrificará jamais os interesses de outros países para assegurar seu próprio desenvolvimento, garantiu o líder da 2ª maior economia do planeta

Xi: "apenas o socialismo pode salvar a China", declarou nesta terça-feira o presidente chinês (Aly Song/Reuters)
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AFP

Publicado em 20 de março de 2018 às 06h54.

Última atualização em 20 de março de 2018 às 09h42.

"Apenas o socialismo pode salvar a China ", declarou nesta terça-feira o presidente chinês, Xi Jinping, dois dias após sua reeleição unânime pelo Parlamento, que também lhe ofereceu a possibilidade de permanecer no poder por tempo indefinido.

Em um discurso de encerramento da sessão plenária anual da Assembleia Nacional Popular, Xi assegurou que o imenso desenvolvimento da China "não supõe uma ameaça" para ninguém, mas advertiu, em referência a Taiwan, que qualquer tentativa de separatismo "esta condenada ao fracasso".

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"A história provou e seguirá provando que apenas o socialismo pode salvar a China. Apenasdesenvolvendo o socialismo com características chinesas vamos conseguir o grande renascimento da Nação chinesa".

"A China não sacrificará jamais os interesses de outros países para assegurar seu próprio desenvolvimento", garantiu Xi, líder da segunda maior economia do planeta, diante das ameaças protecionistas do presidente americano, Donald Trump.

"Apenas quem tem o costume de ameaçar os outros considera os demais como uma ameaça", declarou Xi em referência aos países ocidentais, em particular os Estados Unidos. "Ninguém deve interpretar mal ou deturpar as aspirações sinceras e os atos do povo chinês para contribuir com a paz e o desenvolvimento da humanidade".

Xi voltou a advertir Taiwan, a ilha reivindicada por Pequim desde 1949, reafirmando que seu país jamais aceitará a divisão de seu território.

"Os atos e manobras orientados a separar o país estão destinados ao fracasso", disse Xi, no momento em que os Estados Unidos acabam de adotar uma lei que autoriza altos responsáveis americanos a viajar a Taiwan e vice-versa.

Na semana passada, a Assembleia Nacional Popular (ANP) emendou a Constituição e aboliu o limite de dois mandatos presidenciais - de cinco anos cada - na China.

Xi Jinping se tornou assim o presidente chinês com o maior poder em quase três décadas e poderá permanecer no comando do país além do período do atual mandato, que termina em 2023.

A emenda também introduziu na Constituição o "Pensamento Xi Jinping" e, em seu artigo primeiro, o "papel dirigente" do Partido Comunista Chinês (PCC).

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