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Após greve, França aumentará salário de policiais

"Este acordo abre o caminho para melhorar as condições de trabalho e aumentar os salários dos agentes", afirmou o ministro do Interior

França: o governo começará a negociar para pagar horas extras atrasadas, totalizando cerca de 275 milhões de euros (Benoit Tessier/Reuters)

França: o governo começará a negociar para pagar horas extras atrasadas, totalizando cerca de 275 milhões de euros (Benoit Tessier/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de dezembro de 2018 às 10h33.

O governo francês vai aumentar o salário dos policiais, após uma greve dos agentes convocada na esteira do movimento dos "coletes amarelos", cujos protestos aumentaram consideravelmente o trabalho policial.

O acordo foi anunciado pouco antes da meia-noite pelos sindicatos, após dois dias de negociações e um dia de greve em que as delegacias ficaram praticamente paralisadas e os agentes só responderam a casos de emergência.

Os policiais reclamam das longas jornadas de trabalho e da falta de investimento em equipamentos.

No mês passado, uma agente, responsável por uma associação de policiais, foi encontrada morta em sua casa, num caso de aparente suicídio.

Nas últimas semanas, o mal estar na corporação aumentou com os violentos protestos dos "coletes amarelos" em Paris e outras cidades do país, bem como pela busca e captura do homem que cometeu um ataque no mercado de Natal de Estrasburgo.

"Este acordo abre o caminho para melhorar as condições de trabalho e aumentar os salários dos agentes", afirmou o ministro do Interior, Christophe Castaner, em comunicado.

De acordo com líderes sindicais, a partir do próximo ano, o salário médio aumentará progressivamente em cerca de 120 euros por mês e até 150 para altos funcionários.

O governo também começará a negociar para pagar horas extras atrasadas, totalizando cerca de 275 milhões de euros.

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