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Após enviar carta, Chomsky confia que Chávez liberte juíza presa na Venezuela

Presidente venezuelano pediu a condenação de 30 anos de prisão para a juíza María Lourdes Afiuni, mas organizações de direitos humanos pressionam por outro desfecho

Afiuni está presa desde 2009 por libertar e supostamente facilitar a fuga do país do empresário Eligio Cedeño. Ela recebe ajuda do intelectual americano Noam Chomsky (foto) hoje (William B. Plowman/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 20h09.

Washington - O intelectual e ativista político americano Noam Chomsky confia que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, liberte a juíza María Lourdes Afiuni, após pedir-lhe em carta pública.

Foi o que explicou nesta quarta-feira o próprio Chomsky em declarações à Agência Efe, nas quais esclareceu por que decidiu tomar partido em um caso de direitos humanos que cabe a um Governo pelo qual sempre expressou simpatia.

"Estou constantemente comprometido com iniciativas de direitos humanos e com outros meios que vão além de escrever cartas. A razão pela qual escolhi este caso é que parecia que o gesto poderia deter o que parece ser um abuso significativo (dos direitos humanos)", destacou o intelectual.

María Lourdes Afiuni está presa desde dezembro de 2009 por libertar e supostamente facilitar a fuga do país do empresário Eligio Cedeño, detido em 2007 sob a acusação de realizar operações cambiais ilegais e fraude contra o Estado.

O próprio Chávez pediu sua condenação a 30 anos de prisão. Por isso, organizações internacionais de direitos humanos denunciaram que, no caso de Afiuni, há uma intromissão do Executivo no Poder Judiciário.

"Preservo grandes esperanças de que o presidente Chávez considere um ato humanitário que acabe com a prisão da juíza", disse Chomsky em sua carta.

Chomsky envolveu-se no caso em setembro de 2010, quando a Iniciativa Latino-Americana do Carr Center for Human Rights da Universidade de Harvard (EUA) entrou em contato com ele para que colaborasse em uma campanha internacional em protesto pelo tratamento que a Venezuela tinha dado a Afiuni.

Assim explicou à Efe Leonardo Vivas, o coordenador da Iniciativa Latino-Americana. Segundo ele, convencer Chomsky de participar foi fácil. "Sua proximidade ao Governo de Chávez era algo positivo, já que isso o transformava em uma pessoa que poderia ser ouvida em Caracas", ressaltou Vivas.

Chávez já expressou em várias ocasiões sua admiração por Chomsky, a quem chegou a classificar publicamente como "campeão do pensamento crítico".

Em janeiro, as autoridades venezuelanas concederam prisão domiciliar a Afiuni, devido ao delicado estado de saúde da acusada, uma mudança que Vivas atribui em parte à posição manifestada por Chomsky no caso.

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Washington - O intelectual e ativista político americano Noam Chomsky confia que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, liberte a juíza María Lourdes Afiuni, após pedir-lhe em carta pública.

Foi o que explicou nesta quarta-feira o próprio Chomsky em declarações à Agência Efe, nas quais esclareceu por que decidiu tomar partido em um caso de direitos humanos que cabe a um Governo pelo qual sempre expressou simpatia.

"Estou constantemente comprometido com iniciativas de direitos humanos e com outros meios que vão além de escrever cartas. A razão pela qual escolhi este caso é que parecia que o gesto poderia deter o que parece ser um abuso significativo (dos direitos humanos)", destacou o intelectual.

María Lourdes Afiuni está presa desde dezembro de 2009 por libertar e supostamente facilitar a fuga do país do empresário Eligio Cedeño, detido em 2007 sob a acusação de realizar operações cambiais ilegais e fraude contra o Estado.

O próprio Chávez pediu sua condenação a 30 anos de prisão. Por isso, organizações internacionais de direitos humanos denunciaram que, no caso de Afiuni, há uma intromissão do Executivo no Poder Judiciário.

"Preservo grandes esperanças de que o presidente Chávez considere um ato humanitário que acabe com a prisão da juíza", disse Chomsky em sua carta.

Chomsky envolveu-se no caso em setembro de 2010, quando a Iniciativa Latino-Americana do Carr Center for Human Rights da Universidade de Harvard (EUA) entrou em contato com ele para que colaborasse em uma campanha internacional em protesto pelo tratamento que a Venezuela tinha dado a Afiuni.

Assim explicou à Efe Leonardo Vivas, o coordenador da Iniciativa Latino-Americana. Segundo ele, convencer Chomsky de participar foi fácil. "Sua proximidade ao Governo de Chávez era algo positivo, já que isso o transformava em uma pessoa que poderia ser ouvida em Caracas", ressaltou Vivas.

Chávez já expressou em várias ocasiões sua admiração por Chomsky, a quem chegou a classificar publicamente como "campeão do pensamento crítico".

Em janeiro, as autoridades venezuelanas concederam prisão domiciliar a Afiuni, devido ao delicado estado de saúde da acusada, uma mudança que Vivas atribui em parte à posição manifestada por Chomsky no caso.

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