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Após bombardeios, Israel nega iminência de guerra com Síria

"Não há ventos de guerra", disse a jornalistas o general Yair Golan, comandante das forças israelenses na frente sírio-libanesa, enquanto corria com seus soldados

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, disse que pelo menos 42 soldados sírios foram mortos nos bombardeios, e que outros cem estão desaparecidos (REUTERS/Baz Ratner)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2013 às 19h35.

Jerusalém/Amã - Israel minimizou na segunda-feira os bombardeios aéreos que teriam matado dezenas de soldados sírios perto de Damasco, dizendo que o objetivo da ação não foi influir na guerra civil do país vizinho, e sim impedir que mísseis libaneses chegassem a militantes do Hezbollah.

"Não há ventos de guerra", disse a jornalistas o general Yair Golan, comandante das forças israelenses na frente sírio-libanesa, enquanto corria com seus soldados.

"Vocês veem tensão? Não há tensão. Eu pareço tenso para vocês?", disse ele, segundo relato do site Maariv NRG.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sofreu críticas veladas em Pequim, aonde chegou para uma visita previamente marcada, num aparente sinal de confiança de que não haverá retaliação por parte do governo sírio.

Sem citar Israel nominalmente, a China -aliada do presidente sírio, Bashar al Assad- pediu moderação.

Um confidente de Netanyahu, o deputado Tzachi Hanegbi, disse à Rádio Israel que seu país pretende "evitar um aumento na tensão com a Síria deixando claro que, se houver atividade, ela é só contra o Hezbollah, não contra o regime sírio".

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo ligado à oposição e com sede na Grã-Bretanha, disse que pelo menos 42 soldados sírios foram mortos nos bombardeios, e que outros cem estão desaparecidos.

Outras fontes da oposição estimaram o número de mortos em até 300, principalmente ligados à Guarda Republicana, força de elite que forma a última linha de defesa de Damasco e que é composta principalmente por membros da doutrina alauíta, variação do islamismo xiita à qual pertence Assad.

Os aviões israelenses bombardearam o complexo fortificado de Hamah, vinculado aos programas sírios de armas químicas e biológicas, além de quartéis da Guarda Republicana no monte Qasioun e na bacia do rio Barada, duas áreas próximas a Damasco.

Moradores, ativistas e fontes rebeldes disseram que a área é parte de uma rota de abastecimento para o Hezbollah, mas os mísseis fornecidos ao grupo xiita pareceram não ser o único alvo.

Segundo essas fontes, foram atingidas também defesas antiaéreas sobre o monte Qasioun, em posição de vigilância sobre o bairro de Barzeh, dominado pelos rebeldes.

Por causa das restrições do governo sírio à imprensa, não foi possível verificar os relatos de forma independente.

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"Não há ventos de guerra", disse a jornalistas o general Yair Golan, comandante das forças israelenses na frente sírio-libanesa, enquanto corria com seus soldados.

"Vocês veem tensão? Não há tensão. Eu pareço tenso para vocês?", disse ele, segundo relato do site Maariv NRG.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sofreu críticas veladas em Pequim, aonde chegou para uma visita previamente marcada, num aparente sinal de confiança de que não haverá retaliação por parte do governo sírio.

Sem citar Israel nominalmente, a China -aliada do presidente sírio, Bashar al Assad- pediu moderação.

Um confidente de Netanyahu, o deputado Tzachi Hanegbi, disse à Rádio Israel que seu país pretende "evitar um aumento na tensão com a Síria deixando claro que, se houver atividade, ela é só contra o Hezbollah, não contra o regime sírio".

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo ligado à oposição e com sede na Grã-Bretanha, disse que pelo menos 42 soldados sírios foram mortos nos bombardeios, e que outros cem estão desaparecidos.

Outras fontes da oposição estimaram o número de mortos em até 300, principalmente ligados à Guarda Republicana, força de elite que forma a última linha de defesa de Damasco e que é composta principalmente por membros da doutrina alauíta, variação do islamismo xiita à qual pertence Assad.

Os aviões israelenses bombardearam o complexo fortificado de Hamah, vinculado aos programas sírios de armas químicas e biológicas, além de quartéis da Guarda Republicana no monte Qasioun e na bacia do rio Barada, duas áreas próximas a Damasco.

Moradores, ativistas e fontes rebeldes disseram que a área é parte de uma rota de abastecimento para o Hezbollah, mas os mísseis fornecidos ao grupo xiita pareceram não ser o único alvo.

Segundo essas fontes, foram atingidas também defesas antiaéreas sobre o monte Qasioun, em posição de vigilância sobre o bairro de Barzeh, dominado pelos rebeldes.

Por causa das restrições do governo sírio à imprensa, não foi possível verificar os relatos de forma independente.

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