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Após ameaças, Holanda cancela concurso de caricaturas de Maomé

O político ultradireitista Geert Wilders resolveu cancelar o concurso de caricaturas, após receber ameaças de morte e para evitar a violência islamita

Protesto contra um concurso de charges de Maomé na Holanda (Akhtar Soomro/Reuters)

Protesto contra um concurso de charges de Maomé na Holanda (Akhtar Soomro/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de agosto de 2018 às 17h01.

Haia - O político ultradireitista holandês Geert Wilders anunciou nesta quinta-feira o cancelamento do concurso de caricaturas de Maomé que estava organizando depois de ter recebido várias ameaças de morte nas últimas semanas.

"Com o objetivo de evitar a violência islamita, decidi cancelar o concurso de caricaturas. A segurança das pessoas está na frente de qualquer outra coisa", declarou o político em comunicado.

Wilders planejava organizar este evento nos seus escritórios no parlamento holandês, em Haia, depois de ter obtido a autorização correspondente.

A decisão de Wilders é divulgada depois que o ímã de Amsterdã, Yassin Elfokrani, pediu hoje aos muçulmanos holandeses que "protejam" o ultradireitista contra as ameaças de morte, embora tenha reconhecido que o concurso de caricaturas estava "causando danos".

Na terça-feira passada, um paquistanês de 26 anos foi detido na estação central de trens de Haia por ter publicado um vídeo no Facebook no qual assegurava que queria "matar" Wilders por "insultar os muçulmanos" com seu concurso.

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