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Após acordo da UE, Governo grego promete cumprir austeridade

Países-membros da zona do euro lhe concederam trégua com perdão de 50% da dívida do país, equivalente a cerca de 100 bilhões de euros

Dívida pública deverá será reduzida para 120% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos nove anos (Louisa Gouliamaki/AFP)
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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2011 às 17h50.

Atenas - A Grécia prometeu nesta quinta-feira cumprir com os critérios acertados com os países-membros da zona do euro após a trégua que lhe concederam com o perdão de 50% da dívida do país, equivalente a cerca de 100 bilhões de euros, que deverá ser assumido de forma voluntária pelos bancos gregos e internacionais.

'Agora que fizemos com que a dívida seja sustentável por muitos anos, é preciso trabalhar juntos para o futuro', manifestou nesta quinta-feira o primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, em discurso televisionado, um dia após a cúpula de líderes da zona do euro que aprovou o perdão de metade da dívida grega.

'Temos trabalho a fazer e responsabilidades para cumprir com nossos compromissos', destacou o chefe de governo. 'Agora, nem previdência nem os depósitos dos bancos correm perigo'.

Papandreou descartou convocar eleições antecipadas, embora a oposição tenha lhe retirado qualquer tipo de apoio parlamentar, por considerar que o acordo de Bruxelas não garante o crescimento do país, mas significa mais sacrifícios em termos de medidas de austeridade.


O governo grego terá de contar apenas com a apertada maioria parlamentar do partido socialista Pasok para aprovar as rígidas medidas de austeridade compreendidas no orçamento estatal para 2012.

Dessa forma, o Executivo de Atenas pretende reduzir a dívida pública para 120% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos nove anos, enquanto os analistas preveem que ela atinja 172% no ano que vem.

Nenhum partido da oposição está disposto a ceder, em resposta ao profundo descontentamento popular, que ficou manifesto nas seis greves gerais já realizadas neste ano - quase 20 desde 2010.

'É uma ironia', comentou nesta quinta-feira um porta-voz da oposição majoritária do partido conservador Nova Democracia, já que a meta estabelecida pela União Europeia (UE) é voltar ao mesmo nível em que estava a dívida pública em 2008, quando começou a crise.


Papandreou terá de aprovar o mais rápido possível tanto o orçamento estatal quanto o novo acordo para o empréstimo de 130 bilhões de euros, ambos sujeitos a condições de severa austeridade e reformas tributárias nos primeiros meses de 2012, apenas com os 153 deputados governistas dos 300 que compõem o Parlamento grego.

A maioria parlamentar do Pasok diminui pouco a pouco, já que muitos deputados têm incertezas no momento de aprovar medidas que aumentaram o desemprego ao patamar inédito de 16%, em meio a quatro anos consecutivos de recessão e com as demissões de milhares de funcionários públicos, além da redução de salários e da previdência e a aplicação de novos impostos.

O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, que também elogiou nesta quinta-feira o acordo de Bruxelas, disse que os sacrifícios serviram para que a Grécia economizasse anualmente 4,5 bilhões de euros em gastos públicos.

Para cumprir com a longa lista de medidas do programa de austeridade e iniciar as reformas previstas, a Grécia aceitou nesta quarta-feira à noite a criação de uma missão permanente de inspetores da Comissão Europeia (órgão executivo da UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Atenas.

Segundo o ministro, esta missão servirá para 'não cair em atrasos', já que é preciso apressar o programa de privatizações e a cobrança de impostos, combater a evasão fiscal e cortar vagas do setor público em 30% nos próximos três anos.

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'Agora que fizemos com que a dívida seja sustentável por muitos anos, é preciso trabalhar juntos para o futuro', manifestou nesta quinta-feira o primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, em discurso televisionado, um dia após a cúpula de líderes da zona do euro que aprovou o perdão de metade da dívida grega.

'Temos trabalho a fazer e responsabilidades para cumprir com nossos compromissos', destacou o chefe de governo. 'Agora, nem previdência nem os depósitos dos bancos correm perigo'.

Papandreou descartou convocar eleições antecipadas, embora a oposição tenha lhe retirado qualquer tipo de apoio parlamentar, por considerar que o acordo de Bruxelas não garante o crescimento do país, mas significa mais sacrifícios em termos de medidas de austeridade.


O governo grego terá de contar apenas com a apertada maioria parlamentar do partido socialista Pasok para aprovar as rígidas medidas de austeridade compreendidas no orçamento estatal para 2012.

Dessa forma, o Executivo de Atenas pretende reduzir a dívida pública para 120% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos nove anos, enquanto os analistas preveem que ela atinja 172% no ano que vem.

Nenhum partido da oposição está disposto a ceder, em resposta ao profundo descontentamento popular, que ficou manifesto nas seis greves gerais já realizadas neste ano - quase 20 desde 2010.

'É uma ironia', comentou nesta quinta-feira um porta-voz da oposição majoritária do partido conservador Nova Democracia, já que a meta estabelecida pela União Europeia (UE) é voltar ao mesmo nível em que estava a dívida pública em 2008, quando começou a crise.


Papandreou terá de aprovar o mais rápido possível tanto o orçamento estatal quanto o novo acordo para o empréstimo de 130 bilhões de euros, ambos sujeitos a condições de severa austeridade e reformas tributárias nos primeiros meses de 2012, apenas com os 153 deputados governistas dos 300 que compõem o Parlamento grego.

A maioria parlamentar do Pasok diminui pouco a pouco, já que muitos deputados têm incertezas no momento de aprovar medidas que aumentaram o desemprego ao patamar inédito de 16%, em meio a quatro anos consecutivos de recessão e com as demissões de milhares de funcionários públicos, além da redução de salários e da previdência e a aplicação de novos impostos.

O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, que também elogiou nesta quinta-feira o acordo de Bruxelas, disse que os sacrifícios serviram para que a Grécia economizasse anualmente 4,5 bilhões de euros em gastos públicos.

Para cumprir com a longa lista de medidas do programa de austeridade e iniciar as reformas previstas, a Grécia aceitou nesta quarta-feira à noite a criação de uma missão permanente de inspetores da Comissão Europeia (órgão executivo da UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Atenas.

Segundo o ministro, esta missão servirá para 'não cair em atrasos', já que é preciso apressar o programa de privatizações e a cobrança de impostos, combater a evasão fiscal e cortar vagas do setor público em 30% nos próximos três anos.

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