Após 23 dias de protestos, sobe para 7 número de mortos na Bolívia
Maioria das vítimas morreu devido ao impacto de projéteis de armas de fogo, outras após serem golpeadas com objetos cortantes
EFE
Publicado em 13 de novembro de 2019 às 09h59.
La Paz — O número de mortos durante os protestos na Bolívia aumentou para sete nesta terça-feira, após 23 dias de manifestações a favor e contra Evo Morales, que renunciou à presidência no domingo passado.
"Nos 23 dias de conflito social no país, o Instituto de Investigações Forenses (IDIF) registrou duas pessoas mortas em La Paz, duas em Santa Cruz e três em Cochabamba", disse o procurador-geral, Juan Lanchipa Ponce.
De acordo com o procurador-geral, é necessário que "a população recupere a calma e a tranquilidade" para que esses fatos "não se repitam mais".
A maioria das vítimas morreu devido ao impacto de projéteis de armas de fogo, outras após serem golpeadas com objetos cortantes.
O balanço da Procuradoria-Geral não inclui a morte do comandante da Unidade Tática de Operação Policial (UTOP) de La Paz, que sofreu um acidente de trânsito enquanto trabalhava na contenção de protestos.
O coronel Herbert Antelo se acidentou ao tentar desviar de um cartucho de dinamite na estrada. De acordo com a polícia, ele acabou se chocando com um miniônibus.
O uso da dinamite por parte dos manifestantes tem sido habitual durante os distúrbios ocorridos na Bolívia desde 20 de outubro, quando a oposição denunciou uma suposta fraude nas eleições presidenciais.