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Apocalipse zumbi também entra nos planos do Pentágono

A agência de planejamento de opções, como se define o Pentágono, tem planos inclusive para o caso de ocorrer um apocalipse zumbi

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 11h23.

Washington - O Pentágono se autodefine como "uma agência de planejamento de opções", mas o que até agora não se sabia é que esse eufemismo incluía também planos para um cenário de ficção científica : um "apocalipse zumbi".

Um documento revelado nesta semana mostra que entre os planos de contingência contemplados pelo Pentágono está a possibilidade de que humanóides que se alimentem de carne humana tombem os pilares da civilização.

Sob o código "Conplan 8888", o texto explica com riqueza de detalhes como o Comando Estratégico dos Estados Unidos deveria responder militarmente à "ameaça de hordas de zumbis que não temem a dor ou a morte para preservar a santidade da vida humana e apoiar a população humana, incluindo a de adversários tradicionais".

O documento de abril de 2011 adverte em seu prefácio: "este plano não foi elaborado como uma brincadeira". Embora possa ser visto como apenas um exercício fantasioso de fãs de histórias de terror, o plano operacional foi usado para que membros da comunidade militar e de inteligência aprendessem conceitos e procedimentos diante de um ataque em grande escala.

Sob o título "Operações contra a dominação zumbi", as conquistas se centram em vários objetivos: "proteger a humanidade", "erradicar a ameaça" dos mortos vivos e "ajudar as autoridades a manter a lei e a ordem para repor os serviços básicos após um ataque zumbi".

Os autores, que colocaram este plano em uma espécie de Wikipedia confidencial da inteligência americana, reconhecem que os Estados Unidos contam com certas vantagens geográficas para manter os zumbis longe, mas os tráfegos aéreo e marítimo seriam um desafio difícil de salvar para evitar a extensão da infecção.

Os passos para atuar, que parecem tirados do livro "Guerra Mundial Z", de Max Brooks, indicam que as Forças Armadas, sob o comando do presidente e do secretário de Defesa, poderiam utilizar todo o seu arsenal para acabar com a multidão zumbi.

Em declarações à Agência Efe, Brooks, autor de outros sucessos como "Zombie Survival Guide", explicou que os Estados Unidos têm "uma perigosa fraqueza".

"Somos isolacionistas e não reconhecemos os problemas até que batem na nossa porta", disse.


O "Conplan 8888" garante que uma invasão zumbi que colocar em risco "qualquer vida humana obrigaria a declaração de lei marcial em todo o país" e levaria o Pentágono a ordenar motim e a fortificação de suas bases para não ser invadido pela ameaça.

O maior problema deste conflito é que não haveria "adversários identificados", o que faria o desdobramento de forças não se centrar em uma zona particular, e as ordens militares se aplicariam em todo o globo.

No pior dos casos, concluiu o documento, se o exército perder o controle da situação, poderia recorrer a táticas reservadas para a "guerra nuclear ou a guerra convencional em escala global".

Após 40 dias aquartelados, os militares começariam progressivamente a ganhar o terreno das hordas zumbis e a restaurar a autoridade civil no país, com o problema acrescentado de os humanos infectados "poderem negar que foram "zumbificados".

Como nos livros de Brooks, todas as pessoas infectadas serão alvo militar e neutralizadas com o uso "de todas as capacidades militares disponíveis".

O objetivo final seria pôr um governo civil de novo em andamento e reativar o poder militar americano em Fort Meade (sede da Inteligência) e três bases aéreas estratégicas: Vandenberg (Califórnia), Whiteman (Missouri) e Offutt (Nebraska), sede do Comando Estratégico.

Mas Brooks mostrou-se otimista com a capacidade dos EUA de se sobreporem a algo parecido a um "holocausto zumbi".

"Nós, americanos somos muito fortes, não nos desalentamos e nos levantamos diante de qualquer desafio", ressaltou.

"Em resumo", explicou Brooks, "nem mesmo os zumbis poderiam fazer com que os Estados Unidos acabassem em uma ditadura".

"Não sei de outros países, mas os EUA poderiam sobreviver a um ataque zumbi", opinou o autor. Pelo menos, o plano da guerra zumbi já está escrito.

São Paulo - Os Estados Unidos sempre se viram como uma nação excepcional, como o "farol da humanidade". Essa ideia é levada muito a sério pelos americanos há quase um século: é o "American Excepcionalism". Contudo, muitas pessoas têm se questionado se o conceito não está ameaçado.Veja a seguir oito pesquisas cujos dados indicam que os "EUA excepcional" pode estar mudando radicalmente:
  • 2. Cidadania americana

    2 /10(Ali al-Saadi/AFP)

  • Veja também

    Em 2013, 2999 cidadãos americanos renunciaram a sua cidadania, o maior número da história e um aumento de 753% em relação a 1998Entre 2012 e 2013, o salto foi gigantesco: de 932 para 2999.Fonte: Treasury Department/PolicyMic
  • 3. Mais idas que vindas

    3 /10(Getty Images)

  • Em 2012, 8 países receberam mais americanos que mandaram seus cidadãos para os EUA, entre eles Brasil, China, Austrália e Chile.Em 2011, esse “déficit” só tinha ocorrido com 4 países.Fonte: UniGroup Relocation/Business Insider
  • 4. Sem religião

    4 /10(REUTERS/Lucas Jackson)

    Em 1990, 7,7% diziam não ter nenhuma afiliação religiosa. Em 2012, essa porcentagem chegou a 19,7%.  Entre jovens de 18 a 24 anos, 1 entre 3 se diz sem religião. Entre os que se dizem liberais, essa porcentagem chega a 40%. Em 1972, apenas 1 entre 20 não tinha religião. Em 2013, 1 entre 5.  Fonte: General Social Survey
  • 5. O melhor país do mundo

    5 /10(AFP)

    50% dos americanos de 65 anos ou mais acreditam que nenhum país é melhor que os EUA.Entre os jovens de 18 a 29 anos, essa porcentagem cai para 27%. 12% deles acreditam que há outras nações melhores.Fonte: Pew Research Center (2011)
  • 6. Orgulho da América

    6 /10(Stock.xchng)

    2 entre 3 idosos nos EUA dizem ter “extremos orgulho da América”. Apenas 2 entre 5 jovens dizem o mesmo. Americanos acima de 50 anos são mais propensos que os europeus (superando-os em 15 pontos percentuais) a falar que “a cultura americana” é superior. Entre os jovens americanos, é ao contrário: são menos propensos que os europeus em afirmar isso. Fonte: Public Religion Research Institute
  • 7. Determinismo americano

    7 /10(Jewel Samad/AFP)

    Os americanos sempre alimentaram a noção de que, não importando o meio, você poderia vencer e ser rico. Os jovens não pensam assim: eles são mais propensos que os adultos (14 pontos mais) a dizer que, nos EUA, a riqueza se deve mais ao “berço e aos contatos certos” que “ao trabalho, ambição e educação”. Fonte: Pew Research
  • 8. Capitalismo x Socialismo

    8 /10(Joe Raedle/Getty Images)

    Os adultos dizem preferir o capitalismo ao socialismo com uma vantagem de 27 pontos percentuais. Já os jovens por pouco não preferiram o socialismo em sua maioria.Em 2003, os americanos concordavam mais com a afirmação “o livre-mercado é o melhor sistema” que italianos, alemães ou britânicos. Em 2010, a situação se inverteu. Fonte: Pew Research e GlobeScan
  • 9. Senhores das armas

    9 /10(Chung Sung-Jun/Getty Images)

    Os adultos americanos acreditam muito mais que os adultos britânicos que o seu país não precisa de aprovação da ONU para ir à guerra (29 pontos percentuais acima). Entre os jovens essa diferença é de apenas 8 pontos percentuais.  Jovens americanos concordam mais com a afirmação "os EUA devem levar os interesses de seus aliados em conta, mesmo que isso comprometa o interesse americano" que os americanos mais velhos (23 pontos percentuais acima). Eles também são muito mais favoráveis à ONU que os mais velhos (24 pontos percentuais acima).
  • 10. Entenda mais sobre as mudanças nos EUA

    10 /10(Alex Wong/Getty Images)

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