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Apesar das promessas de reforma, Síria faz novo banho de sangue

Pelo menos 16 pessoas foram mortas na província de Homs nesta quinta-feira

Tanques na Síria: governo mantém a repressão violenta (Mídia social via Reuters TV)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 16h43.

Cairo - O regime sírio promoveu nesta quinta-feira mais um banho de sangue com a morte de pelo menos 16 pessoas, a maioria na província de Homs, no centro do país, apesar das promessas de mudança e do aumento da pressão internacional.

As recentes chamadas para o fim da violência parecem não ter surtido efeito no presidente sírio, Bashar al Assad, que continuou com a ofensiva militar e a campanha de detenções de opositores que, nesta quinta-feira, se saldou com cerca de 300 presos.

Um porta-voz do grupo opositor sírio Comitês de Coordenação Local, Hozam Ibrahim, disse à Agência Efe que pelo menos 16 pessoas morreram nesta quinta-feira por disparos das forças de segurança em várias regiões da Síria.

A ofensiva ficou concentrada na cidade de Ksir, na província de Homs, onde as forças de segurança mataram 12 pessoas, entre elas uma mulher e seu filho, além de deixar dezenas de feridos.

"As tropas do Exército cercaram todos os acessos a Ksir para facilitar a entrada na cidade das forças de segurança, que dispararam indiscriminadamente", denunciou Ibrahim.

Após esta operação, o Exército, os pistoleiros do regime e as forças de segurança se retiraram de Ksir e deixaram escrito nos muros palavras de ordem de louvor a Al Assad. As mensagens também continham ameaças contra a população, já que anunciam um retorno das tropas à cidade no caso de novas manifestações.

O ativista dos Comitês declarou que este ataque faz parte da campanha realizada pelo regime de Al-Assad "de aldeia em aldeia para pôr fim às manifestações", que começaram no mês de março e já deixaram mais de duas mil vítimas.

Na mesma linha, no bairro de Baba Amro, em Homs, onde na quarta-feira morreram pelo menos 18 pessoas, vários civis ficaram feridos pelos disparos das forças de ordem, enquanto supostos pistoleiros do regime queimaram vários imóveis.

Além da província de Homs, a ofensiva das forças de segurança deixou três vítimas em Deir ez Zor e uma em Latakia.

Em Deir ez Zor, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou que o bairro de Al Omal foi bombardeado com armamento pesado e metralhadoras instaladas em tanques.

O morto de Latakia é um homem de 30 anos que foi atingido diante de sua família quando membros das forças de segurança entraram em sua casa no povoado de Tafil.

Na cidade de Deraa, as forças de segurança acompanhadas dos pistoleiros prenderam entre 150 e 200 pessoas, segundo os Comitês.


Por sua parte, o Observatório informou da detenção nesta quinta-feira de pelo menos cem pessoas, entre elas 35 menores, na província de Idleb, perto da fronteira com a Turquia.

A ONG explicou que todas as prisões foram registradas na cidade de Saraqeb, invadida na manhã desta quinta-feira por carros de combate com soldados que, além disso, atacaram várias lojas e cortaram a eletricidade.

Os Comitês de Coordenação Local denunciaram que os detidos são torturados durante os interrogatórios, e que estas agressões causaram a morte nos últimos dez dias de nove detidos, um número que se eleva para 65 casos desde o início dos protestos.

A campanha de repressão aconteceu depois que fontes oficiais garantiram que o Exército tinha se retirado de Hama e que o Governo se comprometeu a continuar com as reformas.

Além disso, a agência oficial de notícias "Sana" informou nesta quinta-feira que o Exército abandonou Idleb após recuperar a segurança depois dos ataques a cidadãos dirigidos por "grupos terroristas".

A visão do regime sírio voltou, desta forma, a contrastar com a dos opositores, da comunidade internacional e da ONU, que na quarta-feira alertou que a ofensiva de Al-Assad continua e que a Síria é palco de graves violações dos direitos humanos.

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Cairo - O regime sírio promoveu nesta quinta-feira mais um banho de sangue com a morte de pelo menos 16 pessoas, a maioria na província de Homs, no centro do país, apesar das promessas de mudança e do aumento da pressão internacional.

As recentes chamadas para o fim da violência parecem não ter surtido efeito no presidente sírio, Bashar al Assad, que continuou com a ofensiva militar e a campanha de detenções de opositores que, nesta quinta-feira, se saldou com cerca de 300 presos.

Um porta-voz do grupo opositor sírio Comitês de Coordenação Local, Hozam Ibrahim, disse à Agência Efe que pelo menos 16 pessoas morreram nesta quinta-feira por disparos das forças de segurança em várias regiões da Síria.

A ofensiva ficou concentrada na cidade de Ksir, na província de Homs, onde as forças de segurança mataram 12 pessoas, entre elas uma mulher e seu filho, além de deixar dezenas de feridos.

"As tropas do Exército cercaram todos os acessos a Ksir para facilitar a entrada na cidade das forças de segurança, que dispararam indiscriminadamente", denunciou Ibrahim.

Após esta operação, o Exército, os pistoleiros do regime e as forças de segurança se retiraram de Ksir e deixaram escrito nos muros palavras de ordem de louvor a Al Assad. As mensagens também continham ameaças contra a população, já que anunciam um retorno das tropas à cidade no caso de novas manifestações.

O ativista dos Comitês declarou que este ataque faz parte da campanha realizada pelo regime de Al-Assad "de aldeia em aldeia para pôr fim às manifestações", que começaram no mês de março e já deixaram mais de duas mil vítimas.

Na mesma linha, no bairro de Baba Amro, em Homs, onde na quarta-feira morreram pelo menos 18 pessoas, vários civis ficaram feridos pelos disparos das forças de ordem, enquanto supostos pistoleiros do regime queimaram vários imóveis.

Além da província de Homs, a ofensiva das forças de segurança deixou três vítimas em Deir ez Zor e uma em Latakia.

Em Deir ez Zor, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou que o bairro de Al Omal foi bombardeado com armamento pesado e metralhadoras instaladas em tanques.

O morto de Latakia é um homem de 30 anos que foi atingido diante de sua família quando membros das forças de segurança entraram em sua casa no povoado de Tafil.

Na cidade de Deraa, as forças de segurança acompanhadas dos pistoleiros prenderam entre 150 e 200 pessoas, segundo os Comitês.


Por sua parte, o Observatório informou da detenção nesta quinta-feira de pelo menos cem pessoas, entre elas 35 menores, na província de Idleb, perto da fronteira com a Turquia.

A ONG explicou que todas as prisões foram registradas na cidade de Saraqeb, invadida na manhã desta quinta-feira por carros de combate com soldados que, além disso, atacaram várias lojas e cortaram a eletricidade.

Os Comitês de Coordenação Local denunciaram que os detidos são torturados durante os interrogatórios, e que estas agressões causaram a morte nos últimos dez dias de nove detidos, um número que se eleva para 65 casos desde o início dos protestos.

A campanha de repressão aconteceu depois que fontes oficiais garantiram que o Exército tinha se retirado de Hama e que o Governo se comprometeu a continuar com as reformas.

Além disso, a agência oficial de notícias "Sana" informou nesta quinta-feira que o Exército abandonou Idleb após recuperar a segurança depois dos ataques a cidadãos dirigidos por "grupos terroristas".

A visão do regime sírio voltou, desta forma, a contrastar com a dos opositores, da comunidade internacional e da ONU, que na quarta-feira alertou que a ofensiva de Al-Assad continua e que a Síria é palco de graves violações dos direitos humanos.

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