Antes da visita de Dilma, brasileiros buscam negócios na China
Seminário sobre o assunto será realizado em Pequim com mais de 300 empresário e a presidente brasileira
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2011 às 10h42.
Pequim - Representantes de aproximadamente 100 empresas brasileiras e chinesas se reuniram nesta sexta-feira em Hong Kong para antecipar as conversas de um seminário sobre oportunidades de negócios, que será realizado em Pequim no próximo dia 11 com mais de 300 empresários que acompanharão a presidente Dilma Rousseff em sua visita oficial à China.
O seminário será aberto pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e contará com a presença de presidentes e diretores-gerais de grandes empresas, como Petrobras e Vale, mas também de companhias interessadas em começar investimentos no mercado chinês.
Tanto a reunião prévia desta sexta-feira quanto o seminário do dia 11 foram convocados pela Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), para buscar a abertura de mercados, declarou nesta sexta-feira à Agência Efe Alessandro Teixeira, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento.
Segundo ele, o interesse do empresariado que viajou a Pequim é "vender à China mais do que matérias-primas". "Atualmente, a China compra de outros países produtos têxteis, cosméticos, alimentos, calçados, equipamentos médicos, máquinas agrícolas e outros que nós podemos vender. Queremos negociar acordos privados e vender mais", afirmou Teixeira.
As exportações brasileiras à China atingiram US$ 30,7 bilhões em 2010 - US$ 20 bilhões a mais que em 2009 -, com as quais o Brasil obteve superávit comercial de US$ 5,1 bilhões. No entanto, 68% desse comércio é composto por commodities, como soja e minérios de ferro.
O embaixador do Brasil em Pequim, Clodoaldo Hugueney, afirmou ao jornal "China Daily" que Dilma pedirá ao Governo chinês maior diversificação das importações chinesas e abertura do mercado a outros setores, como o de carne e produtos de maior valor agregado.
A entrada do frango brasileiro está autorizada na China, mas a carne bovina e suína ainda esperam aprovação definitiva do Executivo de Pequim.
"Acreditamos em uma declaração positiva das autoridades chinesas quanto à abertura do mercado a todo tipo de carne brasileira durante a visita presidencial", afirmou Teixeira.
Ele disse, no entanto, que não são esperados anúncios de grandes investimentos chineses no Brasil, seja em infraestrutura ou em créditos do Banco de Desenvolvimento da China ou do Export-Import Bank.
A visita de Dilma, continuou o secretário-executivo, pode ser considerada como trabalho efetivo para criar as bases que impulsionem as relações bilaterais. Espera-se a assinatura de dois acordos, um sobre cooperação em inovação e outro sobre padronização de produtos.
De acordo com Teixeira, diversas missões dos Governos estaduais do Brasil vão acompanhar a presidente Dilma na busca de investimentos individuais, e talvez alguns anunciem investimentos ou colaborações bilaterais, como Bahia ou Goiás - este último, por exemplo, em matéria de agricultura com a província chinesa de Hebei.
Teixeira destacou que China é o maior parceiro comercial do Brasil, após ultrapassar os Estados Unidos em 2009, e Brasília decidiu abordar a estratégia comercial com o gigante asiático com um grupo interministerial, a primeira vez que o faz por "ordem direta da presidente".
Cerca de 30% das exportações da China ao Brasil em 2010 foram de produtos eletrônicos, principalmente peças de informática e de telefonia.
Pequim - Representantes de aproximadamente 100 empresas brasileiras e chinesas se reuniram nesta sexta-feira em Hong Kong para antecipar as conversas de um seminário sobre oportunidades de negócios, que será realizado em Pequim no próximo dia 11 com mais de 300 empresários que acompanharão a presidente Dilma Rousseff em sua visita oficial à China.
O seminário será aberto pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e contará com a presença de presidentes e diretores-gerais de grandes empresas, como Petrobras e Vale, mas também de companhias interessadas em começar investimentos no mercado chinês.
Tanto a reunião prévia desta sexta-feira quanto o seminário do dia 11 foram convocados pela Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), para buscar a abertura de mercados, declarou nesta sexta-feira à Agência Efe Alessandro Teixeira, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento.
Segundo ele, o interesse do empresariado que viajou a Pequim é "vender à China mais do que matérias-primas". "Atualmente, a China compra de outros países produtos têxteis, cosméticos, alimentos, calçados, equipamentos médicos, máquinas agrícolas e outros que nós podemos vender. Queremos negociar acordos privados e vender mais", afirmou Teixeira.
As exportações brasileiras à China atingiram US$ 30,7 bilhões em 2010 - US$ 20 bilhões a mais que em 2009 -, com as quais o Brasil obteve superávit comercial de US$ 5,1 bilhões. No entanto, 68% desse comércio é composto por commodities, como soja e minérios de ferro.
O embaixador do Brasil em Pequim, Clodoaldo Hugueney, afirmou ao jornal "China Daily" que Dilma pedirá ao Governo chinês maior diversificação das importações chinesas e abertura do mercado a outros setores, como o de carne e produtos de maior valor agregado.
A entrada do frango brasileiro está autorizada na China, mas a carne bovina e suína ainda esperam aprovação definitiva do Executivo de Pequim.
"Acreditamos em uma declaração positiva das autoridades chinesas quanto à abertura do mercado a todo tipo de carne brasileira durante a visita presidencial", afirmou Teixeira.
Ele disse, no entanto, que não são esperados anúncios de grandes investimentos chineses no Brasil, seja em infraestrutura ou em créditos do Banco de Desenvolvimento da China ou do Export-Import Bank.
A visita de Dilma, continuou o secretário-executivo, pode ser considerada como trabalho efetivo para criar as bases que impulsionem as relações bilaterais. Espera-se a assinatura de dois acordos, um sobre cooperação em inovação e outro sobre padronização de produtos.
De acordo com Teixeira, diversas missões dos Governos estaduais do Brasil vão acompanhar a presidente Dilma na busca de investimentos individuais, e talvez alguns anunciem investimentos ou colaborações bilaterais, como Bahia ou Goiás - este último, por exemplo, em matéria de agricultura com a província chinesa de Hebei.
Teixeira destacou que China é o maior parceiro comercial do Brasil, após ultrapassar os Estados Unidos em 2009, e Brasília decidiu abordar a estratégia comercial com o gigante asiático com um grupo interministerial, a primeira vez que o faz por "ordem direta da presidente".
Cerca de 30% das exportações da China ao Brasil em 2010 foram de produtos eletrônicos, principalmente peças de informática e de telefonia.