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ANP afirma que bacias não exploradas têm grande potencial

''Tenho a alegria de dizer que os dados até agora coletados indicam um grande potencial para a existência de petróleo e gás em nossas bacias sedimentares'', afirmou Magda

A presidente da ANP afirmou que esse enorme potencial não se restringe ao pré-sal (Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 21h03.

Rio de Janeiro - O Brasil tem um grande potencial de reservas de hidrocarbonetos ainda desconhecidas porque o Estado só outorgou concessões para explorar 5% de suas bacias sedimentares, que ocupam uma área de 7,5 milhões de quilômetros quadrados.

No discurso que pronunciou na abertura da Rio Oil & Gas, a principal feira do setor petroleiro no Brasil, a presidente da Agência Nacional do Petróleo ( ANP ), Magda Chambriard, assegurou que o órgão identificou áreas de grande interesse nos estudos geológicos realizados em algumas das regiões ainda não concedidas.

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''Tenho a alegria de dizer que os dados até agora coletados indicam um grande potencial para a existência de petróleo e gás em nossas bacias sedimentares'', afirmou Magda na feira, que será realizada até a próxima quinta-feira no Rio de Janeiro.

A presidente da ANP afirmou que esse enorme potencial não se restringe ao pré-sal, mas admitiu que as descobertas no pré-sal duplicarão a produção e as reservas do país na próxima década e transformarão o Brasil em um exportador do porte da Noruega ou Angola.

''Temos dados mais que suficientes para crer que o potencial petrolífero do Brasil vai muito além do pré-sal. Existem novas fronteiras, como a localizada na margem equatorial brasileira, com boas perspectivas de existência de petróleo e gás'', afirmou.

Magda Chambriard assegurou que a ANP promove estudos geológicos e geofísicos para aumentar o conhecimento sobre 95% das bacias sedimentares ainda não exploradas, reduzir os riscos e atrair investimentos públicos e privados para o setor.

A funcionária não disse quando o governo fará um novo leilão de concessões para a prospecção de hidrocarbonetos.

Esses leilões, realizados desde que o Estado extinguiu em 1997 o monopólio da Petrobras no setor de hidrocarbonetos, atraíram ao país numerosas empresas estrangeiras.


O último leilão aconteceu em 2008, ano em que o Estado modificou o regime do setor petroleiro para transformar a Petrobras na única operadora no pré-sal.

Na abertura da Rio Oil & Gas, o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), João Carlos de Lucca, pediu ao governo que reinicie os leilões de concessões porque várias empresas estão interessadas em operar no Brasil, embora não possam fazê-lo no pré-sal.

''Não esperávamos uma paralisação tão longa (dos leilões). As companhias estão no limite do limite. Sem concessões não haverá novos investimentos'', afirmou o representante das petrolíferas.

Lucca comentou que a suspensão dos leilões afeta principalmente às pequenas e médias operadoras que dependem de concessões de áreas de menor valor para poder ingressar ao mercado.

Seu discurso foi seguido pelo do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Gouvêa Vieira, para quem a suspensão das licitações posterga os investimentos no país.

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