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Annan alerta que situação na Síria é quase insustentável

Diante disso, Annan classificou como necessária uma unidade efetiva da comunidade internacional e a pressão real e construtiva dos Governos com influência na Síria

Kofi Annan: O diplomata confirmou que mantém consultas frequentes com ministros de diversos países para realizar uma reunião internacional sobre a Síria (Louai Beshara/AFP)
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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 14h13.

Genebra - O enviado especial da ONU para a Síria , Kofi Annan, alertou nesta sexta-feira que a situação no país está muito perto de se transformar em insustentável e pediu para a comunidade internacional não transformar o conflito em uma "competição destrutiva".

"Se (os confrontos armados) continuarem se intensificando, chegará um momento em que não só a ONU, mas todo o mundo verá claramente que a situação não é sustentável e está além do controle das partes", disse diante de jornalistas em Genebra.

A entrevista coletiva ocorreu depois da reunião com o chefe da Missão de Supervisão da ONU para a Síria (UNSMIS), general Robert Mood. Além disso, Annan voltou a ressaltar que é importante uma atuação rápida.

"É urgente que nossas consultas resultem em resultados reais em breve", ressaltou o diplomata ganês. Nessa linha, o enviado especial da ONU e da Liga Árabe afirmou que o primeiro passo para uma solução é o cessar-fogo autêntico entre as forças governamentais e a oposição.

Diante disso, Annan classificou como necessária uma unidade efetiva da comunidade internacional e a pressão real e construtiva dos Governos com influência na Síria, destacou Annan. "É o momento para os países com influência aumentarem o nível de pressão sobre as partes em conflito e demonstrarem o interesse de acabar com a violência", disse.


O diplomata confirmou que mantém consultas frequentes com ministros de diversos países para realizar uma reunião internacional sobre a Síria. O encontro discutiria novas ações para aplicar as resoluções do Conselho de Segurança relativas ao plano de pacificação de seis pontos e o envio de quase 300 "capacetes azuis" para vigiar um cessar-fogo.

Em princípio, a reunião seria realizada um dia depois de outra entre a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e o ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov que ocorrerá na cidade russa de São Petersburgo no final deste mês. No entanto, ainda não tem data nem local confirmado.

A ideia de Annan é que participem do encontro representantes dos cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança e representantes de outros Governos, setores sociais e políticos com influência no conflito sírio. Sobre uma eventual presença do Irã, o enviado especial disse que o país tem que fazer parte da solução.

"Só trabalhando juntos podemos melhorar a situação na Síria. Mas, se seguimos competindo entre todos, pode ser uma competição destrutiva e terminaremos pagando todos, sobretudo os grupos mais vulneráveis na Síria", falou se referindo às divisões entre os membros e as operações da UNSMIS.

Enquanto isso, o general Mood reconheceu que o desarmamento nem sempre é sempre cômodo, mas é essencial. "As situações pelas quais passamos são muito tentas, mas é mais eficaz que se cada um de nós tivesse uma pistola ou uma espingarda", explicou.

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Genebra - O enviado especial da ONU para a Síria , Kofi Annan, alertou nesta sexta-feira que a situação no país está muito perto de se transformar em insustentável e pediu para a comunidade internacional não transformar o conflito em uma "competição destrutiva".

"Se (os confrontos armados) continuarem se intensificando, chegará um momento em que não só a ONU, mas todo o mundo verá claramente que a situação não é sustentável e está além do controle das partes", disse diante de jornalistas em Genebra.

A entrevista coletiva ocorreu depois da reunião com o chefe da Missão de Supervisão da ONU para a Síria (UNSMIS), general Robert Mood. Além disso, Annan voltou a ressaltar que é importante uma atuação rápida.

"É urgente que nossas consultas resultem em resultados reais em breve", ressaltou o diplomata ganês. Nessa linha, o enviado especial da ONU e da Liga Árabe afirmou que o primeiro passo para uma solução é o cessar-fogo autêntico entre as forças governamentais e a oposição.

Diante disso, Annan classificou como necessária uma unidade efetiva da comunidade internacional e a pressão real e construtiva dos Governos com influência na Síria, destacou Annan. "É o momento para os países com influência aumentarem o nível de pressão sobre as partes em conflito e demonstrarem o interesse de acabar com a violência", disse.


O diplomata confirmou que mantém consultas frequentes com ministros de diversos países para realizar uma reunião internacional sobre a Síria. O encontro discutiria novas ações para aplicar as resoluções do Conselho de Segurança relativas ao plano de pacificação de seis pontos e o envio de quase 300 "capacetes azuis" para vigiar um cessar-fogo.

Em princípio, a reunião seria realizada um dia depois de outra entre a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e o ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov que ocorrerá na cidade russa de São Petersburgo no final deste mês. No entanto, ainda não tem data nem local confirmado.

A ideia de Annan é que participem do encontro representantes dos cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança e representantes de outros Governos, setores sociais e políticos com influência no conflito sírio. Sobre uma eventual presença do Irã, o enviado especial disse que o país tem que fazer parte da solução.

"Só trabalhando juntos podemos melhorar a situação na Síria. Mas, se seguimos competindo entre todos, pode ser uma competição destrutiva e terminaremos pagando todos, sobretudo os grupos mais vulneráveis na Síria", falou se referindo às divisões entre os membros e as operações da UNSMIS.

Enquanto isso, o general Mood reconheceu que o desarmamento nem sempre é sempre cômodo, mas é essencial. "As situações pelas quais passamos são muito tentas, mas é mais eficaz que se cada um de nós tivesse uma pistola ou uma espingarda", explicou.

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