Anistia denuncia execuções extrajudiciais no Burundi
A organização documenta execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias e ataques da polícia em resposta a várias ofensivas contra instalações militares
Da Redação
Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 07h21.
Nairóbi - As forças de segurança do Burundi mataram dezenas de pessoas no dia 11 de dezembro, muitas delas executadas de forma sumária, denunciou nesta terça-feira a Anistia Internacional (AI).
"Trata-se do dia mais sangrento desde que começou a crise política . As ruas de Bujumbura estavam cheias de corpos, muitos dos quais tinham um tiro na cabeça", explicou a diretora regional da AI, Muthoni Wanyeki, que pediu uma investigação exaustiva ao governo burundinês.
Em nota informativa intitulada "Meus filhos estão assustados", a organização documenta execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias e ataques da polícia em resposta a várias ofensivas contra instalações militares.
Durante a operação de busca e apreensão dos responsáveis dos ataques, as forças de segurança foram atacadas por grupos de jovens armados.
Foi a partir desse momento que os agentes começaram a entrar nas casas para prender pessoas de forma arbitrária e matar dezenas de cidadãos.
"As táticas violentas das forças de segurança utilizadas nesse dia representam uma dramática escalada na intensidade em comparação com operações prévias", alertou Wanyeki.
Segundo denuncia a ONG, a maioria das vítimas eram homens que foram tirados à força de suas casas e depois executados ou receberam um tiro logo após abrir a porta.
No bairro de Nyakabiga, os corpos de pelo menos 21 homens foram achados em ruas, casas e fundações, e os moradores locais identificaram algumas das vítimas: um vendedor ambulante, um professor, um empregado doméstico e vários menores de idade.
No dia seguinte, o porta-voz do exército anunciou que pelo menos 79 "inimigos" do governo tinham morrido, assim como quatro soldados e quatro policiais, mas sem diferenciar entre os que realmente puderam participar dos ataques às bases militares e os moradores executados a sangue frio.
Pelo menos 400 pessoas morreram no Burundi desde abril, quando teve início uma série de violentos protestos depois que o presidente, Pierre Nkurunziza, anunciou a intenção de se candidatar às eleições pela terceira vez, algo proibido pela Constituição.
As eleições foram realizadas e Nkurunziza ganhou o pleito em julho com 69% dos votos, resultado que a comunidade internacional não reconheceu pela falta de garantias durante sua realização.
Nairóbi - As forças de segurança do Burundi mataram dezenas de pessoas no dia 11 de dezembro, muitas delas executadas de forma sumária, denunciou nesta terça-feira a Anistia Internacional (AI).
"Trata-se do dia mais sangrento desde que começou a crise política . As ruas de Bujumbura estavam cheias de corpos, muitos dos quais tinham um tiro na cabeça", explicou a diretora regional da AI, Muthoni Wanyeki, que pediu uma investigação exaustiva ao governo burundinês.
Em nota informativa intitulada "Meus filhos estão assustados", a organização documenta execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias e ataques da polícia em resposta a várias ofensivas contra instalações militares.
Durante a operação de busca e apreensão dos responsáveis dos ataques, as forças de segurança foram atacadas por grupos de jovens armados.
Foi a partir desse momento que os agentes começaram a entrar nas casas para prender pessoas de forma arbitrária e matar dezenas de cidadãos.
"As táticas violentas das forças de segurança utilizadas nesse dia representam uma dramática escalada na intensidade em comparação com operações prévias", alertou Wanyeki.
Segundo denuncia a ONG, a maioria das vítimas eram homens que foram tirados à força de suas casas e depois executados ou receberam um tiro logo após abrir a porta.
No bairro de Nyakabiga, os corpos de pelo menos 21 homens foram achados em ruas, casas e fundações, e os moradores locais identificaram algumas das vítimas: um vendedor ambulante, um professor, um empregado doméstico e vários menores de idade.
No dia seguinte, o porta-voz do exército anunciou que pelo menos 79 "inimigos" do governo tinham morrido, assim como quatro soldados e quatro policiais, mas sem diferenciar entre os que realmente puderam participar dos ataques às bases militares e os moradores executados a sangue frio.
Pelo menos 400 pessoas morreram no Burundi desde abril, quando teve início uma série de violentos protestos depois que o presidente, Pierre Nkurunziza, anunciou a intenção de se candidatar às eleições pela terceira vez, algo proibido pela Constituição.
As eleições foram realizadas e Nkurunziza ganhou o pleito em julho com 69% dos votos, resultado que a comunidade internacional não reconheceu pela falta de garantias durante sua realização.