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América Latina precisa pensar em legalizar drogas, diz agência da ONU

Dezenas de milhares de pessoas morreram em decorrência da violência gerada pelo esforço para controlar o lucrativo comércio de narcóticos

Tráfico: América Latina precisa pensar seriamente em legalizar as drogas para diminuir o custo humano da proibição, segundo a ONU (Alan Lima/Reuters)
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Reuters

Publicado em 29 de maio de 2018 às 11h48.

A América Latina precisa pensar seriamente em legalizar as drogas para diminuir o custo humano da proibição, disse a chefe de uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para a região na segunda-feira.

Dezenas de milhares de pessoas de toda a América Latina morreram em decorrência da violência gerada pelo esforço para controlar o lucrativo comércio de narcóticos, particularmente no México, onde os assassinatos cometidos por cartéis rivais atingiram um recorde no ano passado.

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Alicia Barcena, mexicana que comanda a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), braço regional da ONU sediada em Santiago, disse em um fórum sobre a América Latina realizado em Paris que é hora de explorar uma nova estratégia.

"Serei muito provocadora. A legalização das drogas seria boa para quem? A América Latina e o Caribe, pelo amor de Deus. Porque a ilegalidade é o que está matando as pessoas. É hora de cogitar seriamente legalizar as drogas."

Peru, Colômbia e Bolívia são os maiores produtores da folha de coca usada para fazer cocaína, grande parte da qual é contrabandeada pelo México para chegar aos Estados Unidos, o maior mercado do mundo.

A batalha para dominar os mercados de metanfetamina e heroína também provocou uma escalada da violência no México.

A maioria dos países das Américas continua adotando políticas repressivas para as drogas, mas a liberalização das leis para o consumo de maconha nos EUA incentivou os apoiadores da legalização a dobrarem seus esforços.

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