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Ameaçado de impeachment, Trump reclama de falta de apoio dos republicanos

Nas próximas semanas, o presidente norte-americano pode enfrentar uma votação sobre o processo de impedimento na Câmara dos Deputados

EUA: esta foi a 2ª vez nos últimos dias que Trump reclamou de falta de apoio dos republicanos (Kevin Lamarque/Reuters)

EUA: esta foi a 2ª vez nos últimos dias que Trump reclamou de falta de apoio dos republicanos (Kevin Lamarque/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de outubro de 2019 às 10h24.

O presidente Donald Trump, cada vez mais cercado pelas investigações de impeachment que os democratas estão conduzindo contra ele, reclamou ontem que os republicanos não estão unidos o suficiente para defendê-lo.

Trump criticou o senador republicano Mitt Romney, o único republicano que se mostrou abertamente favorável a um julgamento político do presidente, alegando que a deserção dele mostra a fraqueza do Partido Republicano.

Esta foi a segunda vez nos últimos dias que Trump reclamou de falta de apoio dos republicanos diante da maior ameaça a sua presidência.

Nas próximas semanas, ele pode enfrentar uma votação sobre o impeachment na Câmara.

O primeiro passo do processo foi dado em 24 de setembro, quando a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, anunciou a abertura de um processo de impeachment contra o atual mandatário, Trump. No dia seguinte, a Casa Branca divulgou trechos dos telefonemas de Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Agora, caberá aos representantes analisar e decidir se darão prosseguimento ao julgamento político do presidente, que, se aprovado, será realizado pelo Senado. E é justamente neste ponto que a probabilidade de remoção de Trump do cargo de presidente dos Estados Unidos se quase improvável. Isso, é claro, considerando que novas revelações não venham à tona.

O presidente americano reconheceu ter pedido à Ucrânia para lançar uma investigação anticorrupção contra Biden, um dos principais pré-candidatos nas primárias democratas, e seu filho Hunter.

Para coordenar a investigação com as autoridades ucranianas, Trump disse a Zelenski que entrasse em contato com seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, e com o procurador-geral dos EUA, Bill Barr. A declaração levou Pelosi a acusar o secretário de Justiça de má conduta no cargo.

Trump garantiu que não houve qualquer pressão sobre Kiev, uma afirmação que foi corroborada pelo presidente Zelenski. Os críticos apontam, contudo, que Donald Trump segurou quase 400 milhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia para pressionar seu presidente.

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