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Alvo de inquérito, aliado de Macron troca governo pelo Parlamento

Richard Ferrand trocou seu posto de ministro pelo cargo de líder do partido governista no Parlamento da França

Richard Ferrand irá assumir a liderança dos 308 parlamentares que irão representar o partido do presidente Macron (Benoit Tessier/Reuters)

Richard Ferrand irá assumir a liderança dos 308 parlamentares que irão representar o partido do presidente Macron (Benoit Tessier/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de junho de 2017 às 09h14.

Paris - Richard Ferrand, aliado próximo do presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta terça-feira que trocar seu posto de ministro pelo cargo de líder do partido governista no Parlamento foi "estratégico", e não respondeu quando indagado se foi deixado de lado pelo presidente.

Braço direito de Macron durante a campanha presidencial, Ferrand foi implicado em alegações de má conduta financeira dias depois da vitória do político de centro na eleição presidencial em maio.

Uma investigação preliminar sobre as alegações está em curso para determinar se ele se beneficiou indevidamente de acordos de propriedades realizados seis anos atrás pelo fundo de um plano de saúde que ele administrou na região da Bretanha.

O caso ofuscou as primeira semanas da Presidência de Macron, lembrando escândalos maiores que atingiram alguns de seus adversários durante a agressiva campanha eleitoral.

Na reformulação de governo a ser realizada nesta semana, depois de o partido de Macron ter conquistado a maioria parlamentar no final de semana, Ferrand irá deixar o cargo de ministro de Planejamento Territorial.

Ferrand irá assumir a liderança dos 308 parlamentares que irão representar o partido do presidente, A República em Marcha (LREM), na Assembleia Nacional, a câmara baixa do Parlamento de 577 cadeiras.

Muitos deles são jovens e novatos na política, embora estejam aliados a um partido de centro já estabelecido, o MoDem, ou Movimento Democrático.

"É um papel estratégico", disse Ferrand à rádio RTL. "Emmanuel Macron sinalizou a confiança que nos une... ele julgou ser um bom momento porque conheço bem o procedimento parlamentar".

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