Alta dos alimentos deixou 44 milhões na pobreza em menos de 1 ano
Aumento de 36% nos preços tem como responsável, em partes, as tensões no Oriente Médio e no norte da África, que afetam valor dos combustíveis
Da Redação
Publicado em 14 de abril de 2011 às 11h24.
Washington - O presidente do Banco Mundial (BM), Robert Zoellick, alertou nesta quinta-feira que 44 milhões de pessoas caíram na pobreza desde junho de2010 devido ao aumento de 36% nos preços dos alimentos no último ano.
O organismo destacou em seu relatório "Monitor de Preços de Alimentos", divulgado nesta quinta-feira, que o encarecimento dos alimentos obedece em parte à escalada dos preços dos combustíveis por causa das revoltas no Oriente Médio e no Norte da África.
O relatório lembra que os preços do petróleo subiram 21% no primeiro trimestre deste ano pela instabilidade no Oriente Médio.
"Os elevados preços dos alimentos são a maior ameaça para os pobres", afirmou em entrevista coletiva Zoellick, destacando que os preços estão próximos aos níveis de 2008 quando a carestia da comida provocou revoltas em muitos países pobres.
Segundo o organismo, uma alta de 10% nos preços globais poderia fazer com que outros dez milhões de pessoas caiam abaixo da linha da pobreza extrema, na qual se encontram as pessoas com renda de menos de US$ 1,25 diários.
O BM estima que há cerca de 1,2 bilhão de pessoas no mundo abaixo da linha da pobreza.
Entre os alimentos que mais subiram estão o milho, com um aumento de 74% no último ano, o trigo, que subiu 69%, a soja, que é 36% mais cara e o açúcar, 21%.
O Banco Mundial assinala que, além das revoltas no Oriente Médio, os preços também subiram por efeitos meteorológicos adversos em grandes exportadores de grãos, restrições às exportações, o crescente uso de biocombustíveis e as baixas reservas globais de alimentos.
O "Monitor de Preços de Alimentos" adverte que os países mais pobres são os que experimentaram uma maior inflação dos alimentos em relação às economias mais avançadas.
No Quirguistão, onde 10% dos habitantes mais pobres destinam 73% de seu orçamento à refeição, a inflação dos alimentos foi de 27% em 2010.
Por causa disso, o número de pobres poderia subir em 11 pontos percentuais, advertiu o BM.
O organismo assinalou que entre as medidas que poderiam ser colocadas em andamento para reduzir o impacto dos elevados preços dos alimentos estão os programas de nutrição para os mais pobres e a eliminação das restrições às exportações.
Entre as sugestões do BM está também a de melhorar a capacidade do país para tramitar a volatilidade de preços mediante instrumentos financeiros, o melhorar a previsão meteorológica, mais investimentos em agricultura e o uso de novas tecnologias para fortificar o arroz e torná-lo mais nutritivo.
Washington - O presidente do Banco Mundial (BM), Robert Zoellick, alertou nesta quinta-feira que 44 milhões de pessoas caíram na pobreza desde junho de2010 devido ao aumento de 36% nos preços dos alimentos no último ano.
O organismo destacou em seu relatório "Monitor de Preços de Alimentos", divulgado nesta quinta-feira, que o encarecimento dos alimentos obedece em parte à escalada dos preços dos combustíveis por causa das revoltas no Oriente Médio e no Norte da África.
O relatório lembra que os preços do petróleo subiram 21% no primeiro trimestre deste ano pela instabilidade no Oriente Médio.
"Os elevados preços dos alimentos são a maior ameaça para os pobres", afirmou em entrevista coletiva Zoellick, destacando que os preços estão próximos aos níveis de 2008 quando a carestia da comida provocou revoltas em muitos países pobres.
Segundo o organismo, uma alta de 10% nos preços globais poderia fazer com que outros dez milhões de pessoas caiam abaixo da linha da pobreza extrema, na qual se encontram as pessoas com renda de menos de US$ 1,25 diários.
O BM estima que há cerca de 1,2 bilhão de pessoas no mundo abaixo da linha da pobreza.
Entre os alimentos que mais subiram estão o milho, com um aumento de 74% no último ano, o trigo, que subiu 69%, a soja, que é 36% mais cara e o açúcar, 21%.
O Banco Mundial assinala que, além das revoltas no Oriente Médio, os preços também subiram por efeitos meteorológicos adversos em grandes exportadores de grãos, restrições às exportações, o crescente uso de biocombustíveis e as baixas reservas globais de alimentos.
O "Monitor de Preços de Alimentos" adverte que os países mais pobres são os que experimentaram uma maior inflação dos alimentos em relação às economias mais avançadas.
No Quirguistão, onde 10% dos habitantes mais pobres destinam 73% de seu orçamento à refeição, a inflação dos alimentos foi de 27% em 2010.
Por causa disso, o número de pobres poderia subir em 11 pontos percentuais, advertiu o BM.
O organismo assinalou que entre as medidas que poderiam ser colocadas em andamento para reduzir o impacto dos elevados preços dos alimentos estão os programas de nutrição para os mais pobres e a eliminação das restrições às exportações.
Entre as sugestões do BM está também a de melhorar a capacidade do país para tramitar a volatilidade de preços mediante instrumentos financeiros, o melhorar a previsão meteorológica, mais investimentos em agricultura e o uso de novas tecnologias para fortificar o arroz e torná-lo mais nutritivo.