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Almagro culpa militares da Venezuela por crimes contra humanidade

O secretário-geral da OEA disse que "as Forças Armadas não podem seguir matando e torturando as pessoas impunemente"

Luis Almagro: "A Guarda Nacional Bolivariana e seu comandante, general Benavides Torres, são diretamente responsáveis pela repressão que tem assassinado, prendido e torturado" (Orlando Sierra/AFP/AFP)
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AFP

Publicado em 16 de maio de 2017 às 20h43.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, exortou nesta terça-feira as Forças Armadas venezuelanas a deter a "repressão" contra as manifestações opositoras, advertindo que os assassinatos e as torturas constituem "crimes contra a humanidade".

"As Forças Armadas não podem seguir matando e torturando as pessoas impunemente", disse Almagro em um vídeo no site da OEA.

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"O assassinato e a tortura por motivos políticos, por pensar diferente, é crime contra a humanidade, crime internacional".

Quatro manifestantes morreram baleados nas últimas 24 horas em meio aos protestos contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, totalizando 42 óbitos em seis semanas de manifestações.

Oposição e governo se acusam mutuamente pelas mortes, que até o momento não foram completamente esclarecidas.

Mas a Guarda Nacional Bolivariana tem sido um ator principal nos incidentes, reprimindo os protestos com bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e jatos d'água. Os manifestantes respondem lançando pedras, coquetéis molotov e outros objetos contundentes.

Os confrontos já deixaram centenas de feridos e detidos, incluindo 159 levados a cortes marciais, segundo a ONG Fórum Penal.

"A Guarda Nacional Bolivariana e seu comandante, general Benavides Torres, são diretamente responsáveis pela repressão que tem assassinado, prendido e torturado", afirmou Almagro.

Segundo Almagro, "a repressão brutal mostra a Guarda Nacional como autora material da violação dos direitos à vida, liberdade e garantias ao devido processo. Atrás de cada detido, de cada preso político, atrás de cada torturado e de cada morto, há um responsável institucional", concluiu Almagro.

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