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Aliança árabe admite que usou bombas de fragmentação no Iêmen

A nota, em resposta a um comunicado da Anistia, detalhou que uma investigação realizada pela coalizão confirmou o uso de bombas de fragmentação

Iêmen: a aliança informou que a Arábia Saudita decidiu deixar de usar essas munições e comunicou ao Reino Unido sua decisão (Khaled Abdullah / Reuters)
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EFE

Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 21h41.

Riad - A coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita , disse nesta segunda-feira em comunicado que suas forças usaram bombas de fragmentação na região de Al-Khadra, ao noroeste do Iêmen , "de forma limitada".

A nota, em resposta a um comunicado da Anistia Internacional (AI) que acusou a aliança de usar este tipo de armamento, detalhou que uma investigação realizada pela coalizão confirmou o uso de bombas de fragmentação fabricadas no Reino Unido, do modelo BL-755, contra "alvos militares" dos rebeldes no Iêmen.

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A aliança acrescentou que o uso dessas armas é "para proteger a fronteira da Arábia Saudita" e que "não foram utilizadas contra zonas habitadas por civis".

Além disso, a coalizão destacou que seus países não são membros da convenção sobre Munições Cluster de 2008 e que "o uso deste tipo de munição não é contra lei internacional", segundo a nota.

A aliança informou que a Arábia Saudita decidiu deixar de usar essas munições e comunicou ao Reino Unido sua decisão.

No último dia 29 de junho, a Anistia Internacional e a Human Rights Watch (HRW) denunciaram bombardeios deliberados a hospitais e o uso de bombas de fragmentação pela aliança árabe no Iêmen.

As duas ONGs também apontaram a responsabilidade dos Estados Unidos e do Reino Unido por fornecer armas e apoio à Arábia Saudita na guerra.

No dia 12 de dezembro, o Unicef pediu o fim das hostilidades após advertir que cerca de 2,2 milhões crianças sofrem desnutrição grave e precisam de atendimento urgente.

Em março de 2015, a coalizão árabe começou uma intervenção no Iêmen em apoio ao presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi contra os rebeldes houthis, o que intensificou o conflito no país.

Desde então, morreram cerca de sete mil pessoas e três milhões foram obrigadas a deixar suas casas, segundo dados da ONU.

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