Alemanha rejeita pagar indenizações à Polônia pela Segunda Guerra Mundial
Em setembro, a Polônia estimou as perdas pela Segunda Guerra Mundial em cerca de € 1,3 bilhão e enviou uma nota diplomática formal para Berlim com um pedido de indenização
AFP
Publicado em 3 de janeiro de 2023 às 18h32.
Última atualização em 3 de janeiro de 2023 às 18h47.
O governo da Alemanha rejeitou formalmente o pedido da Polônia para negociar uma compensação pelos danos sofridos durante a Segunda Guerra Mundial, anunciou o Ministério das Relações Exteriores polonês nesta terça-feira, 3.
"Segundo o governo alemão, a questão das reparações e indenizações pelos danos devido à guerra está encerrada e o governo alemão não tem intenções de abrir negociações sobre esse assunto", informa um comunicado divulgado pela diplomacia após receber uma resposta oficial de Berlim.
A Polônia acrescentou que continuará exigindo compensação pela "agressão e ocupação alemã entre 1939-1945".
Em setembro, a Polônia estimou as perdas pela Segunda Guerra Mundial em cerca de € 1,3 bilhão e enviou uma nota diplomática formal para Berlim com um pedido de indenização.
O serviço de imprensa do Ministério das Relações Exteriores alemão confirmou à AFP, nesta terça-feira, que o governo federal "respondeu a uma nota verbal da Polônia, de 3 de outubro de 2022", reiterando que não divulga publicamente "os conteúdos de sua correspondência diplomática".
A ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, negou o pedido durante uma visita a Varsóvia em outubro e afirmou que, para Berlim, este é um capítulo encerrado.
A Alemanha afirma que a Polônia renunciou às reparações de guerra em 1953 e que confirmou esta posição em várias ocasiões.
Berlim manteve os mesmos argumentos diante dos pedidos de indenização levantados no passado pela Grécia.
Os conservadores que governam a Polônia questionam a validade do acordo de 1953, alegando que seu país estava sob pressão da União Soviética.
LEIA TAMBÉM:
Alemanha retomará investimentos no Fundo Amazônia
Suécia assume a presidência da UE, que busca se posicionar ante os EUA