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Agentes britânicos são pressionados após morte de soldado

Os serviços de segurança britânicos são pressionados a explicar como os dois assassinos escaparam de sua vigilância

A mãe (e) e o padrasto do soldado assassinado: segundo jornal, os assassinos eram conhecidos da polícia e do serviço secreto interno MI5 há oito anos (Dave Thompson/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2013 às 13h00.

Londres - Os serviços de segurança britânicos estavam sob pressão para explicar como os dois assassinos de um soldado em Londres, particularmente um jovem cristão convertido ao islã radical, escaparam de sua vigilância.

Os dois suspeitos, que provocaram cenas de terror na quarta-feira quando atacaram a vítima com facas de cozinha e um cutelo, eram conhecidos da polícia e do serviço secreto interno MI5 há oito anos, segundo o jornal The Guardian.

"Os assassinos estavam sob vigilância, então por que o MI5 não agiu?", questionou o tabloide Daily Express nesta sexta-feira.

O gabinete do primeiro-ministro David Cameron reconheceu que as informações divulgadas pela imprensa "não eram falsas". Diante da comoção provocada, o governo prometeu uma investigação parlamentar para determinar a existência de falhas por parte do serviço de inteligência da polícia.

"Eu me reuni com especialistas em segurança e expliquei como é difícil controlar todo mundo em uma sociedade livre", declarou o ministro das Coletividades Locais, Eric Pickles.

"Há um abismo entre ter posições extremistas e cometer um assassinato", acrescentou.

Um ex-chefe do serviço de contra-terrorismo no MI6, o serviço secreto externo, também considerou ser "incrivelmente difícil" evitar este tipo de ato.

"Os dois suspeitos fazem parte de um pequeno grupo sem ligação com o exterior ou sem ligações no Reino Unido que atraem a atenção das forças de segurança", considerou Richard Barrett em entrevista à BBC.

"Quando se trata de uma pessoa que expressa pontos de vista radicais, é necessariamente um extremista violento? Traçar este paralelo é algo muito difícil", acrescentou.


Segundo o jornal Daily Telegraph, um dos suspeitos, Michael Adebolajo, já havia sido detido em 2006 durante um confronto entre extremistas muçulmanos e policiais em Londres. De acordo com o The Times, ele também chegou a ser interpelado enquanto tentava viajar à Somália para encontrar insurgentes islamitas shebab.

Ele frequentava a organização clandestina islâmica Al-Muhajirun, segundo Anjem Choudary, ex-chefe do movimento extremista.

Michael Adebolajo, de 28 anos, e seu cúmplice, Michael Adebowale, de 22 anos, que foram feridos pela polícia no local do crime, permanecem no hospital, mas não correm risco de morte, segundo a polícia.

Detalhes sobre os assassinos começaram a ser revelados. O primeiro, que reivindicou a morte em um vídeo gravado por um pedestre perto do local do crime, foi criado em uma família cristã de origem nigeriana no Reino Unido, antes de se converter ao Islã há dez anos.

Preocupados com as atitudes do filho, os pais se mudaram de Londres para tentar cortar as ligações entre o jovem com gangues. Mas ele voltou a Londres para estudar, segundo a imprensa. Ele distribuía panfletos de propaganda da jihad (guerra santa).

Em um novo vídeo amador divulgado nesta sexta-feira pelo Daily Mirror, que mostra a intervenção da polícia após o crime, um dos suspeitos larga a faca no momento em que é atingido pela polícia. O outro aparece com um revólver na mão.

A vítima, o soldado Lee Rigby, foi atropelado por um carro e depois apunhalado até a morte perto de um quartel, segundo testemunhas.

Nas imagens registradas por uma testemunha, Michael Adebolajo explica que agiu em represália "aos muçulmanos que são mortos diariamente por soldados britânicos".

Por temor de novos ataques, apesar dos apelos do governo e da comunidade muçulmana, 1.200 policiais foram mobilizados em Londres quinta-feira à noite e a segurança foi reforçada nas proximidades dos quarteis da capital.

Após as buscas realizadas em seis casas na quinta-feira, a Scotland Yard deve interrogar nesta sexta-feira duas pessoas de 29 anos, detidas por envolvimento no crime.

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Londres - Os serviços de segurança britânicos estavam sob pressão para explicar como os dois assassinos de um soldado em Londres, particularmente um jovem cristão convertido ao islã radical, escaparam de sua vigilância.

Os dois suspeitos, que provocaram cenas de terror na quarta-feira quando atacaram a vítima com facas de cozinha e um cutelo, eram conhecidos da polícia e do serviço secreto interno MI5 há oito anos, segundo o jornal The Guardian.

"Os assassinos estavam sob vigilância, então por que o MI5 não agiu?", questionou o tabloide Daily Express nesta sexta-feira.

O gabinete do primeiro-ministro David Cameron reconheceu que as informações divulgadas pela imprensa "não eram falsas". Diante da comoção provocada, o governo prometeu uma investigação parlamentar para determinar a existência de falhas por parte do serviço de inteligência da polícia.

"Eu me reuni com especialistas em segurança e expliquei como é difícil controlar todo mundo em uma sociedade livre", declarou o ministro das Coletividades Locais, Eric Pickles.

"Há um abismo entre ter posições extremistas e cometer um assassinato", acrescentou.

Um ex-chefe do serviço de contra-terrorismo no MI6, o serviço secreto externo, também considerou ser "incrivelmente difícil" evitar este tipo de ato.

"Os dois suspeitos fazem parte de um pequeno grupo sem ligação com o exterior ou sem ligações no Reino Unido que atraem a atenção das forças de segurança", considerou Richard Barrett em entrevista à BBC.

"Quando se trata de uma pessoa que expressa pontos de vista radicais, é necessariamente um extremista violento? Traçar este paralelo é algo muito difícil", acrescentou.


Segundo o jornal Daily Telegraph, um dos suspeitos, Michael Adebolajo, já havia sido detido em 2006 durante um confronto entre extremistas muçulmanos e policiais em Londres. De acordo com o The Times, ele também chegou a ser interpelado enquanto tentava viajar à Somália para encontrar insurgentes islamitas shebab.

Ele frequentava a organização clandestina islâmica Al-Muhajirun, segundo Anjem Choudary, ex-chefe do movimento extremista.

Michael Adebolajo, de 28 anos, e seu cúmplice, Michael Adebowale, de 22 anos, que foram feridos pela polícia no local do crime, permanecem no hospital, mas não correm risco de morte, segundo a polícia.

Detalhes sobre os assassinos começaram a ser revelados. O primeiro, que reivindicou a morte em um vídeo gravado por um pedestre perto do local do crime, foi criado em uma família cristã de origem nigeriana no Reino Unido, antes de se converter ao Islã há dez anos.

Preocupados com as atitudes do filho, os pais se mudaram de Londres para tentar cortar as ligações entre o jovem com gangues. Mas ele voltou a Londres para estudar, segundo a imprensa. Ele distribuía panfletos de propaganda da jihad (guerra santa).

Em um novo vídeo amador divulgado nesta sexta-feira pelo Daily Mirror, que mostra a intervenção da polícia após o crime, um dos suspeitos larga a faca no momento em que é atingido pela polícia. O outro aparece com um revólver na mão.

A vítima, o soldado Lee Rigby, foi atropelado por um carro e depois apunhalado até a morte perto de um quartel, segundo testemunhas.

Nas imagens registradas por uma testemunha, Michael Adebolajo explica que agiu em represália "aos muçulmanos que são mortos diariamente por soldados britânicos".

Por temor de novos ataques, apesar dos apelos do governo e da comunidade muçulmana, 1.200 policiais foram mobilizados em Londres quinta-feira à noite e a segurança foi reforçada nas proximidades dos quarteis da capital.

Após as buscas realizadas em seis casas na quinta-feira, a Scotland Yard deve interrogar nesta sexta-feira duas pessoas de 29 anos, detidas por envolvimento no crime.

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