Agência de armas químicas investigará suposto ataque com gás na Síria
Governo sírio acusa rebeldes de usarem gás cloro e ferir mais de 100 pessoas e pediu que uma missão de averiguação seja enviada à cidade
Reuters
Publicado em 26 de novembro de 2018 às 16h44.
Haia/Genebra - A agência global de armas químicas investigará um suposto ataque com gás ocorrido em Aleppo, na Síria , no sábado, 24, que relatos dizem ter ferido até 100 pessoas, disse o chefe da agência nesta segunda-feira, 26.
O governo sírio, que acusa rebeldes de usarem gás cloro, pediu à Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) para enviar uma missão de averiguação de fatos à cidade, disse Fernando Arias, o novo diretor da entidade.
Arias disse que a Opaq pediu que o departamento de segurança da Organização das Nações Unidas ( ONU ) diga se é seguro enviar uma equipe a Aleppo, onde dois anos atrás forças governamentais expulsaram rebeldes do último bastião de território que controlavam.
Investigadores de crimes de guerra da ONU , que têm um mandato permanente para examinar todas as violações de direitos humanos cometidas na Síria, também estão coletando informações e pedindo todo e qualquer indício a fontes, disse uma autoridade da ONU em Genebra.
"Assim que eles tiverem algo concreto e crível que cumpra seus padrões de prova, poderão reportar publicamente", disse. Desde 2013 a comissão já atribuiu 33 ataques químicos documentados ao governo, mas os perpetradores de seis outros não foram suficientemente identificados.
O porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tarik Jasarevic, disse que a entidade "recebeu relatos não confirmados de pacientes chegando a instalações de saúde de Aleppo com sintomas que podem ser condizentes com exposição a agentes químicos".
Investigações anteriores da missão conjunta revelaram que forças do governo sírio usaram os gases cloro e sarin várias vezes durante a guerra civil.