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Agência da ONU vai propor nova regra de rastreamento de voos

A agência de aviação da ONU vai propor nova norma que exige que aviões comerciais relatem a sua posição a cada 15 minutos

Avião da Malaysia Airlines: proposta faz parte de esforço global após o desaparecimento de uma aeronave da Malásia (Wikicommons)
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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 20h33.

Toronto - A agência de aviação da Organização das Nações Unidas ( ONU ) vai propor uma nova norma que exige que aviões comerciais relatem a sua posição a cada 15 minutos como parte de uma iniciativa global de rastreamento após o desaparecimento de uma aeronave da Malásia.

A perda do voo MH370 da Malaysia Airlines em março provocou um esforço global para a criação de um sistema que tornaria possível identificar a rota exata e a última localização de uma aeronave.

Um porta-voz da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) disse nesta terça-feira que a norma, se aprovada, poderá entrar em vigor no curto prazo porque não exigiria uma nova tecnologia nos aviões.

Membros da agência devem discutir a proposta durante uma grande conferência sobre segurança em Montreal no mês que vem.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) prometeu liderar uma força-tarefa da indústria no ano passado sobre a questão e melhorar voluntariamente o rastreamento enquanto a agência desenvolvia a sua norma.

Em dezembro, a força-tarefa da indústria recomendou que as companhias aéreas começassem a controlar aviões em intervalos de, pelo menos, 15 minutos dentro de 12 meses, mas a própria IATA recuou, dizendo que o prazo não era prático.

O porta-voz da agência de aviação da ONU, Anthony Philbin, chamou o esquema de "padrão fundacional de rastreamento de voo". A agência está desenvolvendo recomendações de rastreamento mais rigorosas.

"Se (os Estados membros) concordarem com a norma, a conferência de segurança também discutirá o quão rápido deverá ser implementada e se irá querer que a agência agilize esse processo", disse Philbin à Reuters por e-mail.

"Uma vez que os nossos Estados fizerem suas observações sobre isso, teremos uma ideia melhor do intervalo de tempo." A agência poderia efetivamente forçar as companhias aéreas a agir porque as normas que ela define geralmente se tornam requisitos regulatórios em seus 191 países membros. Mas a agência prefere tomar decisões por consenso, o que torna a conferência de fevereiro crucial.

Muitas companhias aéreas já rastreiam seus aviões usando sistemas de satélite. Um documento de trabalho da agência observou recentemente que a maioria das aeronaves que operam voos de longa distância já tem sistemas a bordo que podem transmitir a sua posição.

Mas o documento observou que o equipamento não está sempre ligado e que, em alguns lugares, incluindo ao longo das rotas polares, há lacunas na cobertura por satélite.

Questionado se o rádio poderia ser usado para cumprir a nova norma caso seja aprovada, Philbin disse que a comunicação de voz poderia servir como recurso para aviões que não têm a tecnologia mais recente.

São Paulo - O caso do voo desaparecido da Malaysia Airlines não é o primeiro do tipo na história. Conheça a seguir nove casos misteriosos de aviões que desapareceram. Nas cinco primeiras histórias, nenhuma pista foi encontrada até os dias de hoje. Nas outras quatro, demoraram dias, meses ou até décadas para que algo fosse encontrado.
  • 2. 1. Amelia Earhart

    2 /11(Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

  • Veja também

    A piloto americana Amelia Earhart foi a primeira a fazer um voo solo pelo Oceano Atlântico. Sua história terminou de forma trágica em 1937, quando seu voo desapareceu no Oceano Pacífico. Ela e o copiloto nunca foram achados, assim como nenhum destroço. Ela foi declarada morta em 1939.
  • 3. 2. Voo 19

    3 /11(Wikimedia Commons)

  • Começava aqui a lenda do Triângulo das Bermudas. Em 5 de dezembro de 1945, cinco aviões da Marinha dos Estados Unidos saíram da Flórida para um voo de treinamento. Uma hora e meia depois, os pilotos começaram a relatar problemas de desorientação. Os cinco aviões sumiram e nunca mais foram achados. Para aumentar o mistério: o avião enviado logo em seguida para procurá-los também desapareceu.
  • 4. 3. Glenn Miller

    4 /11(Wikimedia Commons)

    Em 1944, o músico de jazz americano Glenn Miller foi enviado até a França, para entreter as tropas americanas que lutavam na Segunda Guerra Mundial. Ele saiu de uma base miltiar britânica em Bedford e sobrevoava o Canal da Mancha quando o seu voo sumiu, em 15 de dezembro. Nenhum destroço foi encontrado até hoje.
  • 5. 4. Voo 739

    5 /11(Wikimedia Commons)

    O avião militar americano voava em 1962 da ilha de Guam para as Filipinas com 90 pessoas a bordo. Ele nunca chegou ao destino. Mais de 1300 oficiais do exército americano se envolveram nas buscas, mas nenhum destroço foi encontrado. Na época, oficiais de um navio da Libéria alegaram ter visto um objeto em chamas no ar.
  • 6. 5. Voo 967 da Varig

    6 /11(Wikimedia Commons)

    Em 1979, o voo 967 da Varig fazia um voo comercial de carga entre Tóquio e Rio de Janeiro. Na noite de 30 de janeiro, o avião sumiu dos radares no Oceano Pacífico. Nenhum destroço ou corpo foi encontrado. Seis pessoas estavam a bordo. Entre outros itens, avião levava 153 quadros do pintor Manabu Mabe, avaliados em 1,23 milhão de dólares.
  • 7. 6. Sumiço dos Andes

    7 /11(Wikimedia Commons)

    Em agosto de 1947, um voo da Star Dust caiu nos Andes argentinos quando ia de Buenos Aires para Santiago. Nenhuma parte do avião ou corpo foi encontrado na época. Somente em 2000, com o degelo na região, alpinistas encontraram os primeiros destroços.
  • 8. 7. Voo 447

    8 /11(Wikimedia Commons)

    Em 2009, um voo da Air France entre Rio de Janeiro e Paris caiu no Oceano Atlântico, matando as 228 pessoas a bordo. Contudo, demorou cinco dias para que destroços fossem achados e mais três anos para que as causas do acidente fossem entendidas. A maioria dos corpos foi retirada do mar, mas 74 corpos foram encontrados e não puderam ser resgatados do fundo do mar.
  • 9. 8. Voo da Força Aérea uruguaia

    9 /11(Wikimedia Commons)

    Em 1972, um avião da Força Aérea Uruguaia, que ia até Santiago, caiu no meio dos Andes. O voo 571 caiu com 45 passageiros. Metade sobreviveu na queda, mas muitos morreram por causa da fome e do frio. Somente 72 dias depois, o avião e os sobreviventes foram encontrados pelas equipes de busca. Só restavam 16 pessoas, que admitiram que recorreram ao canibalismo - comeram os corpos dos companheiros mortos - para sobreviver. A história foi para o cinema em 1993, com o filme "Alive".
  • 10. 9. Sumiço do B-24

    10 /11(Wikimedia Commons)

    O bombardeiro americano Lady Be Good desapareceu em abril de 1943, durante uma missão na Segunda Guerra Mundial. Ele deveria ter voltado para sua base militar na Líbia, mas nunca apareceu. Somente 15 anos depois os seus destroços foram encontrados no meio do deserto, no norte da África, por exploradores de petróleo. As bombas e as armas que ele carregava continuavam funcionando. O avião caiu com sobreviventes, mas eles morreram de sede e calor no deserto.
  • 11. Agora conheça as 10 maiores tragédias do ar

    11 /11(AFP)

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