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Combate na RCA afeta visita de chefe humanitária da ONU

Confronto perto do aeroporto de Bangui atrapalhou a visita de uma autoridade da ONU responsável por questões humanitárias

Membros das forças de paz africanas monta guarda em um veículo nas ruas de Bangui, na República Centro-Africana (Luc Gnago/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 17h34.

Bangui - Um confronto violento começou nesta quarta-feira perto do aeroporto de Bangui, capital da República Centro-Africana, quando milícias cristãs impediram uma retirada de muçulmanos e atrapalharam a visita de uma autoridade da ONU responsável por questões humanitárias.

A antiga colônia francesa tem vivido ciclos de violência e assassinatos religiosos, apesar da presença no país de tropas de paz africanas (cerca de 6.000 homens) e francesas (1.600 soldados) para conter o conflito que, de acordo com diplomatas, poderia virar um genocídio.

Songokoua Yetinzapa, que mora num campo para desabrigados perto do aeroporto, afirmou que os combates começaram depois que tropas do Chade que tentavam levar um comboio de muçulmanos para fora da cidade foi bloqueado pelas milícias conhecidas como "antibalaka".

"Ouvi que algumas pessoas foram mortas, mas eu só vi um corpo, um muçulmano morto pelas milícias", declarou ele por telefone. Jornalistas da Reuters foram expulsos do local por jovens com facões.

Uma autoridade da Organização das Nações Unidas afirmou que mais soldados da tropa de paz africana foram enviados ao local. Outro representante da ONU afirmou que os confrontos impediram que a coordenadora de assuntos humanitários Valerie Amos viajasse para o norte do país.

Em março do ano passado, rebeldes muçulmanos, conhecidos como selekas, derrubaram o presidente François Bozize. Os abusos e assassinatos cometidos quando eles estavam no poder levaram à criação de milícias cristãs, conhecidas como antibalakas.

Cerca de um milhão de pessoas tiveram que deixar as suas casas por causa da violência. A ONU estima que pelo menos 2.000 pessoas morreram desde o início da crise. A violência se intensificou desde que o líder seleka, Michel Djotodia, deixou o poder em janeiro devido à pressão internacional.

Sem o grupo rebelde seleka no poder, muitos muçulmanos fugiram do sul, e uma autoridade da ONU alertou para a possibilidade de uma "limpeza étnica e religiosa".

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Bangui - Um confronto violento começou nesta quarta-feira perto do aeroporto de Bangui, capital da República Centro-Africana, quando milícias cristãs impediram uma retirada de muçulmanos e atrapalharam a visita de uma autoridade da ONU responsável por questões humanitárias.

A antiga colônia francesa tem vivido ciclos de violência e assassinatos religiosos, apesar da presença no país de tropas de paz africanas (cerca de 6.000 homens) e francesas (1.600 soldados) para conter o conflito que, de acordo com diplomatas, poderia virar um genocídio.

Songokoua Yetinzapa, que mora num campo para desabrigados perto do aeroporto, afirmou que os combates começaram depois que tropas do Chade que tentavam levar um comboio de muçulmanos para fora da cidade foi bloqueado pelas milícias conhecidas como "antibalaka".

"Ouvi que algumas pessoas foram mortas, mas eu só vi um corpo, um muçulmano morto pelas milícias", declarou ele por telefone. Jornalistas da Reuters foram expulsos do local por jovens com facões.

Uma autoridade da Organização das Nações Unidas afirmou que mais soldados da tropa de paz africana foram enviados ao local. Outro representante da ONU afirmou que os confrontos impediram que a coordenadora de assuntos humanitários Valerie Amos viajasse para o norte do país.

Em março do ano passado, rebeldes muçulmanos, conhecidos como selekas, derrubaram o presidente François Bozize. Os abusos e assassinatos cometidos quando eles estavam no poder levaram à criação de milícias cristãs, conhecidas como antibalakas.

Cerca de um milhão de pessoas tiveram que deixar as suas casas por causa da violência. A ONU estima que pelo menos 2.000 pessoas morreram desde o início da crise. A violência se intensificou desde que o líder seleka, Michel Djotodia, deixou o poder em janeiro devido à pressão internacional.

Sem o grupo rebelde seleka no poder, muitos muçulmanos fugiram do sul, e uma autoridade da ONU alertou para a possibilidade de uma "limpeza étnica e religiosa".

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