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Advogado de funcionária acusada em caso LaMia morre em audiência

Ele era responsável por defender Celia Castedo, que é acusada de suposta responsabilidade no acidente que vitimou a delegação da Chapecoense

Avião da companhia aérea LaMia que transportava jogadores da Chapecoense (Reuters)
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EFE

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 14h37.

La Paz - O advogado Guido Colque, defensor da ex-funcionária de aviação da Bolívia, Celia Castedo, que é acusada de suposta responsabilidade no acidente do avião da empresa LaMia, que vitimou a delegação da Chapecoense na Colômbia, morreu na noite desta segunda-feira de ataque cardíaco em uma audiência judicial por outro caso, informou uma fonte jurídica.

Colque participava de uma audiência em um tribunal do bairro Plan 3.000, na cidade de Santa Cruz, no leste da Bolívia, quando perdeu a consciência e não houve forma de auxiliá-lo, confirmou nesta terça-feira à Agência Efe o advogado Otto Ritter, que era amigo do falecido.

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"Em plena audiência sofreu um colapso e o desenlace já é conhecido, mas é inconcebível que, em uma casa de Justiça como a do Plan 3.000, não houvesse sequer um kit de primeiros socorros", protestou o defensor.

Ritter, que é um advogado criminalista em vários casos polêmicos, acrescentou que foi algo "desumano" o fato de a audiência ter continuado após a transferência de Colque a um centro médico para que fosse atendido.

O defensor ressaltou que, ao contrário de outras cidades bolivianas, apenas em Santa Cruz os tribunais estão descentralizados nos bairros, o que, segundo ele, aumenta o estresse de advogados e investigadores, que têm que se deslocar de um lugar para o outro.

Colque defendia Celia Castedo, a ex-funcionaria da Administração de Aeroportos e Serviços de Navegação Aérea (AASANA, sigla em espanhol) da Bolívia, que pediu asilo no Brasil, após considerar que está sendo acusada injustamente pelo acidente do avião da empresa LaMia.

Celia foi a pessoa que fez observações sobre a autonomia do plano voo do avião da LaMia que partiu de Santa Cruz e que, segundo as investigações, caiu antes de chegar ao aeroporto de Medellín por falta de combustível, causando a morte de 71 de seus 77 passageiros, entre eles parte da delagação da Chapecoense.

A promotoria boliviana empreendeu ações para solicitar ao Brasil a extradição de Celia Castedo, acusada de supostos crimes de descumprimento de funções, uso indevido de influências, desastres no meio de transporte, homicídio, homicídio culposo, lesões gravíssimas e lesões culposas.

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