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Advogado de atriz diz que mais três mulheres foram silenciadas por Trump

Stephanie Clifford processa presidente para anular acordo de confidencialidade que buscava evitar a divulgação da suposta relação íntima que começou em 2006

Donald Trump: gravação que veio à tona esta semana expõe conversa entre presidente e advogado discutindo sobre como comprar direitos do relato de outra mulher (Jonathan Ernst/Reuters)
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AFP

Publicado em 27 de julho de 2018 às 18h54.

Michael Avenatti, o advogado da atriz pornô Stormy Daniels, revelou nesta sexta-feira (27) que representa outras três mulheres que receberam dinheiro para ocultar seus romances com o presidente americano, Donald Trump .

"Mais três mulheres", tuitou Avenatti, acrescentando que "todas receberam dinheiro através de vários meios".

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"É hora de Michael Cohen (ex-advogado do presidente) e Donald Trump serem 100% transparentes com os americanos", tuitou o advogado.

"Todos os documentos, todas as gravações. AGORA", disse Avenatti. "Sem mais mentiras, ou falatório", acrescentou.

Em conversa com a imprensa na quinta-feira à noite em Los Angeles, ele disse que as três mulheres "receberam dinheiro para silenciá-las antes das eleições de 2016".

Daniels, cujo verdadeiro nome é Stephanie Clifford, processa o presidente Trump para anular um acordo de confidencialidade que buscava evitar a divulgação da suposta relação íntima que começou em 2006.

Cohen, que representou Trump por um longo tempo, pagou 130.000 dólares a Stormy dias antes da eleição presidencial, em troca de seu silêncio.

Uma gravação que veio à tona esta semana expõe a conversa entre Trump e Cohen discutindo sobre como comprar os direitos do relato de outra mulher. Trata-se de Karen McDougal, uma modelo da Playboy que diz ter tido um romance com Trump em 2006 e que vendeu sua história para o tabloide "National Enquirer" por 150.000 dólares.

Afastado de Trump, Cohen é investigado em Nova York sobre se seus acordos e negociações de silêncio violaram as leis de financiamento de campanha.

Cohen solicitou a um juiz federal de Los Angeles que considere proibir Avenatti de discutir o caso de Daniels com a mídia e que lhe dê uma prorrogação de 90 dias para sua defesa. Cohen foi processado por difamação devido a seus comentários sobre a honestidade da atriz pornô.

O juiz federal James Otero ouviu os argumentos sobre o caso de Daniels, mas não tomou uma decisão imediatamente e não deu informações de quando vai anunciar sua decisão.

"Estamos convencidos, baseados em suas declarações, que os esforços do presidente dos Estados Unidos e de Michael Cohen de me silenciar (...) vão falhar, como deveriam", relatou Avenatti depois da audiência.

O advogado de Cohen, Brent H. Blakely, diz que é necessária uma ordem para calar Avenatti, que em dezenas de apresentações televisivas e mais de 500 tuítes criticou Cohen por litigar o caso "no tribunal da opinião pública", segundo documentos apresentados à corte.

Daniels apresentou uma ação em separado de difamação contra Trump em Nova York, afirmando que o presidente a desacreditou ao dizer que ela mentiu sobre um homem que a teria ameaçado com violência se não mantivesse em segredo sua suposta relação com o atual presidente.

"Isto é um acobertamento no nível mais alto do nosso governo", denunciou Avenatti.

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