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Acusações de Assad reforçam vontade de atuar, diz Hollande

O presidente da França, François Hollande, disse que ameaças de Bashar al-Assad reforçam sua vontade de atuar

O presidente da França, François Hollande: "aquele que tinha dúvidas sobre as intenções de Assad já não as pode ter mais", disse (Kenzo Tribouillard/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h41.

Paris - O presidente da França , François Hollande , disse nesta terça-feira que as ameaças do presidente sírio, Bashar al-Assad , de que haverá repercussões em caso de uma intervenção no país árabe reforçam sua vontade de atuar, mas desejou que esta operação seja feita pela coalizão mais ampla possível.

"Aquele que tinha dúvidas sobre as intenções de Assad já não as pode ter mais. Assad fala de liquidar", disse Hollande após se reunir em Paris com o presidente alemão, Joachim Gauck.

O chefe do Estado francês apelou que cada país "assuma sua responsabilidade", destacou que a França tem uma "responsabilidade particular", e disse que vai ter uma reunião "muito em breve" em nível europeu para abordar a resposta que deve ser dada.

Em um comparecimento no qual os dois presidentes expressaram a "mesma indignação e condenação" perante o ataque de 21 de agosto nos arredores de Damasco, Hollande se referiu à entrevista ao "Le Figaro" na qual Assad advertia que o "caos e o extremismo" se apoderariam do Oriente Médio caso a comunidade internacional intervenha.

"A ameaça mais série seria deixar de massacrar uma parte da população, e ameaçar o conjunto da região. Tomaremos as precauções para fazer frente, mas a ameaça não cessará enquanto o regime de Assad seguir", acrescentou o chefe de Estado francês.


Hollande disse ter consciência de que a resposta dada pelo Congresso americano a partir de 9 de setembro vai ter consequências sobre a maneira de atuar, e lembrou que em caso de resposta negativa, a "França não poderá atuar sozinha", mas que seguirá buscando uma coalizão ampla.

"A França não atuará sozinha, mas assumirá suas responsabilidades, apoiando a oposição democrática síria de modo que se tenha respostas", disse o presidente francês, reiterando que deve ser feito "tudo para buscar com obstinação uma solução política com todas as partes implicadas".

Perante as críticas recebidas por não submeter o Parlamento ao voto sobre a decisão da França, o presidente acrescentou que se dirigirá aos franceses quando tiver todos os elementos" para tomar essa decisão".

Hollande considerou provado que o massacre de agosto utilizou armas químicas e que o responsável é o regime sírio, e deixou claro que embora cada país tenha "tradições e capacidades diferentes", cada Governo deve assumir sua responsabilidade.

Por sua parte, o líder alemão, cujo país já disse que não participará de uma intervenção militar, assegurou que compartilha a opinião de que deve ter "uma reação apropriada", e indicou a confiança da chanceler, Angela Merkel, que no G20 será possível chegar a um acordo internacional sobre a resposta apropriada.

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Paris - O presidente da França , François Hollande , disse nesta terça-feira que as ameaças do presidente sírio, Bashar al-Assad , de que haverá repercussões em caso de uma intervenção no país árabe reforçam sua vontade de atuar, mas desejou que esta operação seja feita pela coalizão mais ampla possível.

"Aquele que tinha dúvidas sobre as intenções de Assad já não as pode ter mais. Assad fala de liquidar", disse Hollande após se reunir em Paris com o presidente alemão, Joachim Gauck.

O chefe do Estado francês apelou que cada país "assuma sua responsabilidade", destacou que a França tem uma "responsabilidade particular", e disse que vai ter uma reunião "muito em breve" em nível europeu para abordar a resposta que deve ser dada.

Em um comparecimento no qual os dois presidentes expressaram a "mesma indignação e condenação" perante o ataque de 21 de agosto nos arredores de Damasco, Hollande se referiu à entrevista ao "Le Figaro" na qual Assad advertia que o "caos e o extremismo" se apoderariam do Oriente Médio caso a comunidade internacional intervenha.

"A ameaça mais série seria deixar de massacrar uma parte da população, e ameaçar o conjunto da região. Tomaremos as precauções para fazer frente, mas a ameaça não cessará enquanto o regime de Assad seguir", acrescentou o chefe de Estado francês.


Hollande disse ter consciência de que a resposta dada pelo Congresso americano a partir de 9 de setembro vai ter consequências sobre a maneira de atuar, e lembrou que em caso de resposta negativa, a "França não poderá atuar sozinha", mas que seguirá buscando uma coalizão ampla.

"A França não atuará sozinha, mas assumirá suas responsabilidades, apoiando a oposição democrática síria de modo que se tenha respostas", disse o presidente francês, reiterando que deve ser feito "tudo para buscar com obstinação uma solução política com todas as partes implicadas".

Perante as críticas recebidas por não submeter o Parlamento ao voto sobre a decisão da França, o presidente acrescentou que se dirigirá aos franceses quando tiver todos os elementos" para tomar essa decisão".

Hollande considerou provado que o massacre de agosto utilizou armas químicas e que o responsável é o regime sírio, e deixou claro que embora cada país tenha "tradições e capacidades diferentes", cada Governo deve assumir sua responsabilidade.

Por sua parte, o líder alemão, cujo país já disse que não participará de uma intervenção militar, assegurou que compartilha a opinião de que deve ter "uma reação apropriada", e indicou a confiança da chanceler, Angela Merkel, que no G20 será possível chegar a um acordo internacional sobre a resposta apropriada.

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