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Acordo com Turquia não implica fim de bloqueio a Gaza

O conselheiro israelense de segurança Yaakov Amidror afirmou que a política para Gaza vai depender somente da conduta das facções palestinas

Tayyip Erdogan declarou que Israel havia aceitado sua exigência de um pedido de desculpas por ter matado nove turcos que estavam a bordo de um navio de ativistas (Adem Altan/AFP)
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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2013 às 13h37.

Jerusalém - Israel não se comprometeu a pôr fim ao bloqueio à Faixa de Gaza como parte do acordo de reconciliação com a Turquia e poderá agir ainda com mais dureza nesse enclave palestino se sua segurança for ameaçada, disseram autoridades israelenses neste domingo.

Depois do anúncio de sexta-feira de um acordo mediado pelos Estados Unidos, o primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, declarou que Israel havia aceitado sua exigência de um pedido de desculpas por ter matado nove turcos que estavam a bordo de um navio de ativistas, em 2010, com destino a Gaza.

Também havia sido acordado, segundo Erdogan, o pagamento de compensação para os parentes ou feridos na operação e o levantamento do bloqueio ao território, o que permitiria a entrada de mais produtos de consumo para os palestinos.

Isso está bem distante, porém, de um fim total do bloqueio, exigência feita constantemente por Erdogan como condição para a reaproximação com Israel durante os quase mais de três anos de disputas por causa da invasão do navio.

Embora Israel tenha relaxado as restrições às importações civis terrestres para o empobrecido território, o governo israelense indicou que o bloqueio naval, imposto durante a ofensiva de 2008-2009, vai permanecer.

"Não temos nada contra o povo palestino. O bloqueio marítimo deriva somente de considerações de segurança, já que grupos terroristas podem contrabandear enormes quantidades de armamento pelo mar", afirmou uma autoridade da Defesa, Amos Gilad, à Rádio do Exército de Israel.

Outro alto funcionário disse à Reuters que o Hamas, facção islâmica que governa a Faixa de Gaza, ainda estava tentando buscar armas e isso faz com que "o bloqueio seja tão necessário como sempre".

Uma investigação encomendada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em 2011, culpou a força letal empregada pelos fuzileiros navais israelenses contra os ativistas que os enfrentaram a bordo do navio Mavi Marmara, mas considerou o bloqueio legal. O governo turco rejeitou essa última parte da investigação.

O conselheiro israelense de segurança Yaakov Amidror afirmou que a política para Gaza vai depender somente da conduta das facções palestinas. As duas partes travaram uma guerra de oito dias em novembro.

Na quinta-feira, militantes islamistas lançaram foguetes de Gaza contra Israel durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mas não houve vítimas. Israel respondeu fechando a passagem comercial com Gaza e reduzindo o acesso dos palestinos à águas onde costumam pescar.

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Jerusalém - Israel não se comprometeu a pôr fim ao bloqueio à Faixa de Gaza como parte do acordo de reconciliação com a Turquia e poderá agir ainda com mais dureza nesse enclave palestino se sua segurança for ameaçada, disseram autoridades israelenses neste domingo.

Depois do anúncio de sexta-feira de um acordo mediado pelos Estados Unidos, o primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, declarou que Israel havia aceitado sua exigência de um pedido de desculpas por ter matado nove turcos que estavam a bordo de um navio de ativistas, em 2010, com destino a Gaza.

Também havia sido acordado, segundo Erdogan, o pagamento de compensação para os parentes ou feridos na operação e o levantamento do bloqueio ao território, o que permitiria a entrada de mais produtos de consumo para os palestinos.

Isso está bem distante, porém, de um fim total do bloqueio, exigência feita constantemente por Erdogan como condição para a reaproximação com Israel durante os quase mais de três anos de disputas por causa da invasão do navio.

Embora Israel tenha relaxado as restrições às importações civis terrestres para o empobrecido território, o governo israelense indicou que o bloqueio naval, imposto durante a ofensiva de 2008-2009, vai permanecer.

"Não temos nada contra o povo palestino. O bloqueio marítimo deriva somente de considerações de segurança, já que grupos terroristas podem contrabandear enormes quantidades de armamento pelo mar", afirmou uma autoridade da Defesa, Amos Gilad, à Rádio do Exército de Israel.

Outro alto funcionário disse à Reuters que o Hamas, facção islâmica que governa a Faixa de Gaza, ainda estava tentando buscar armas e isso faz com que "o bloqueio seja tão necessário como sempre".

Uma investigação encomendada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em 2011, culpou a força letal empregada pelos fuzileiros navais israelenses contra os ativistas que os enfrentaram a bordo do navio Mavi Marmara, mas considerou o bloqueio legal. O governo turco rejeitou essa última parte da investigação.

O conselheiro israelense de segurança Yaakov Amidror afirmou que a política para Gaza vai depender somente da conduta das facções palestinas. As duas partes travaram uma guerra de oito dias em novembro.

Na quinta-feira, militantes islamistas lançaram foguetes de Gaza contra Israel durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mas não houve vítimas. Israel respondeu fechando a passagem comercial com Gaza e reduzindo o acesso dos palestinos à águas onde costumam pescar.

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