Ações contra alvos diferentes dificultam combate ao EI
"Bombardear Raqqa (capital de facto do Estado Islâmico) até cansar não irá acabar com isso", afirmou Paul Pillar, analista veterano da CIA
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2016 às 11h49.
Washington - Os ataques mortais recentes em quatro países ligados ao Estado Islâmico mostram as limitações dos esforços realizados pelos Estados Unidos para diminuir o poder do grupo na Síria e no Iraque e o desafio de impedir atentados que, além de serem dispersos globalmente, são muito diferentes na escolha dos alvos, disseram autoridades e ex-autoridades norte-americanas.
"Bombardear Raqqa (capital de facto do Estado Islâmico) até cansar não irá acabar com isso", afirmou Paul Pillar, analista veterano da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA, na sigla em inglês).
Nos últimos meses, tem sido frequente funcionários do governo do presidente dos EUA, Barack Obama, retratarem os ataques letais do grupo em todo o mundo como uma reação direta ao sucesso da coalizão militar liderada por Washington em expulsar os extremistas de grandes porções da Síria e do Iraque.
Embora isso possa ser em parte verdadeiro, disseram as autoridades e ex-autoridades, é uma visão simplista demais e subestima como a influência do Estado Islâmico se espalhou além dos territórios que controla.
O recrutamento e a propaganda do grupo sunita ultrarradical dirigidos para fora de seu autoproclamado califado antecedem a perda de cidades iraquianas cruciais, como, mais recentemente, Falluja, afirmaram funcionários dos EUA.
"Há algum tempo vêm crescendo os indícios de que o Estado Islâmico vem expandindo seu alcance, recrutamento e propaganda, tanto online quanto através de emissários, já que os custos militares e econômicos de manter, e muito menos expandir, seu califado original se tornaram claros", disse uma autoridade norte-americana que acompanha de perto grupos militantes islâmicos.
Em sua nova forma, dizem alguns analistas, o Estado Islâmico está se assemelhando mais à Al Qaeda, que vem se concentrando principalmente em ataques de larga escala, ao invés de tentar manter seus territórios.
Construir e manter um califado possivelmente está se revelando mais caro e complicado do que os jihadistas se deram conta em um primeiro momento, opinaram as autoridades dos EUA.
Washington - Os ataques mortais recentes em quatro países ligados ao Estado Islâmico mostram as limitações dos esforços realizados pelos Estados Unidos para diminuir o poder do grupo na Síria e no Iraque e o desafio de impedir atentados que, além de serem dispersos globalmente, são muito diferentes na escolha dos alvos, disseram autoridades e ex-autoridades norte-americanas.
"Bombardear Raqqa (capital de facto do Estado Islâmico) até cansar não irá acabar com isso", afirmou Paul Pillar, analista veterano da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA, na sigla em inglês).
Nos últimos meses, tem sido frequente funcionários do governo do presidente dos EUA, Barack Obama, retratarem os ataques letais do grupo em todo o mundo como uma reação direta ao sucesso da coalizão militar liderada por Washington em expulsar os extremistas de grandes porções da Síria e do Iraque.
Embora isso possa ser em parte verdadeiro, disseram as autoridades e ex-autoridades, é uma visão simplista demais e subestima como a influência do Estado Islâmico se espalhou além dos territórios que controla.
O recrutamento e a propaganda do grupo sunita ultrarradical dirigidos para fora de seu autoproclamado califado antecedem a perda de cidades iraquianas cruciais, como, mais recentemente, Falluja, afirmaram funcionários dos EUA.
"Há algum tempo vêm crescendo os indícios de que o Estado Islâmico vem expandindo seu alcance, recrutamento e propaganda, tanto online quanto através de emissários, já que os custos militares e econômicos de manter, e muito menos expandir, seu califado original se tornaram claros", disse uma autoridade norte-americana que acompanha de perto grupos militantes islâmicos.
Em sua nova forma, dizem alguns analistas, o Estado Islâmico está se assemelhando mais à Al Qaeda, que vem se concentrando principalmente em ataques de larga escala, ao invés de tentar manter seus territórios.
Construir e manter um califado possivelmente está se revelando mais caro e complicado do que os jihadistas se deram conta em um primeiro momento, opinaram as autoridades dos EUA.