Abbas encontra representantes americanos antes de votação
O presidente da ANP saiu de Ramala para apresentar amanhã perante o plenário da Assembleia Geral uma resolução que propõe mudar o status de sua delegação na ONU
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2012 às 20h58.
Nações Unidas - O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, se reuniu nesta quarta-feira em Nova York com uma delegação da Casa Branca e pretende se encontrar com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, antes da votação de amanhã na Assembleia Geral quando buscará o reconhecimento da Palestina como Estado observador.
O presidente da ANP saiu de Ramala para apresentar amanhã perante o plenário da Assembleia Geral uma resolução que propõe mudar o status de sua delegação na ONU , que passaria de ''entidade observadora'' para ''Estado observador não-membro''.
Antes da votação, que os palestinos consideram ''histórica'', Abbas se reuniu hoje em Nova York com uma delegação enviada pelo presidente Barack Obama, liderada pelo ''número dois'' do Departamento de Estado, Bill Burns, e o enviado especial americano para a paz no Oriente Médio, David Hale.
Burns e Hale explicaram de novo ao líder palestino a recusa do presidente Barack Obama em apoiar seu pedido na Assembleia Geral, porque, segundo sua opinião, pode ''complicar mais'' o ambiente na região, e lhe pediram que ''reconsidere'' sua postura.
''Ninguém deveria se agarrar à ilusão que esta resolução vai produzir os resultados que os palestinos dizem buscar, principalmente ter seu próprio Estado e viver em paz com Israel'', advertiu hoje em Washington a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.
À margem de seu encontro com a delegação americana, Abbas espera reunir-se de última hora com o secretário-geral da ONU para discutir a proposta, que já conta com mais de 50 países copatrocinadores e com o apoio de pelo menos 140 dos 193 Estados-membros, segundo as autoridades palestinas.
A resolução tem o respaldo de alguns países da União Europeia, com França e Espanha à frente, de quase toda a América Latina e outros atores internacionais importantes como China e Rússia.
Em todo caso, é quase certo que o pedido seja aprovado já que não precisa passar pelo Conselho de Segurança e só requer a votação majoritária na Assembleia, algo que não ocorreu no ano passado quando seu pedido para ser reconhecido como Estado-membro de pleno direito foi bloqueado pelos EUA.
Enquanto isso, Israel aceita de má vontade que tem a batalha perdida e considera esta nova solicitação uma ''má ideia'' que intensificará o conflito na região, porque, segundo sua opinião, representa uma ''flagrante violação dos Acordos de Oslo'' que criaram a Autoridade Nacional Palestina.
De fato, Israel já declarou que se reserva o direito de tomar ''passos unilaterais'', que podem ser desde represálias de caráter econômico como propõe a ala moderada do Gabinete israelense até ''fazer com que a ANP quebre'' como defendem os mais radicais.
''Não queremos prolongar este conflito, queremos acabar com esta tragédia, mas não somos tolos nem estúpidos. Se não se movimentam na mesma direção (...) teremos que considerar todas as opções'', advertiu ontem o representante palestino na ONU, Riad Mansour.
Uma dessas opções é levar Israel perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) pelo caso do possível envenenamento de Yasser Arafat, segundo anunciaram nesta mesma semana os responsáveis da comissão da ANP encarregada de investigar as circunstâncias de sua morte.
Os restos do histórico líder palestino foram exumados na terça-feira para que uma equipe de analistas suíços e franceses possa determinar as causas de sua morte a partir dos resultados de análises que não serão divulgados ''antes de três meses''.
A votação de amanhã é a quarta tentativa das autoridades palestinas para conseguir um maior respaldo internacional desde que as Nações Unidas reconheceram o direito à autodeterminação do povo palestino em 1974.
Nações Unidas - O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, se reuniu nesta quarta-feira em Nova York com uma delegação da Casa Branca e pretende se encontrar com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, antes da votação de amanhã na Assembleia Geral quando buscará o reconhecimento da Palestina como Estado observador.
O presidente da ANP saiu de Ramala para apresentar amanhã perante o plenário da Assembleia Geral uma resolução que propõe mudar o status de sua delegação na ONU , que passaria de ''entidade observadora'' para ''Estado observador não-membro''.
Antes da votação, que os palestinos consideram ''histórica'', Abbas se reuniu hoje em Nova York com uma delegação enviada pelo presidente Barack Obama, liderada pelo ''número dois'' do Departamento de Estado, Bill Burns, e o enviado especial americano para a paz no Oriente Médio, David Hale.
Burns e Hale explicaram de novo ao líder palestino a recusa do presidente Barack Obama em apoiar seu pedido na Assembleia Geral, porque, segundo sua opinião, pode ''complicar mais'' o ambiente na região, e lhe pediram que ''reconsidere'' sua postura.
''Ninguém deveria se agarrar à ilusão que esta resolução vai produzir os resultados que os palestinos dizem buscar, principalmente ter seu próprio Estado e viver em paz com Israel'', advertiu hoje em Washington a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.
À margem de seu encontro com a delegação americana, Abbas espera reunir-se de última hora com o secretário-geral da ONU para discutir a proposta, que já conta com mais de 50 países copatrocinadores e com o apoio de pelo menos 140 dos 193 Estados-membros, segundo as autoridades palestinas.
A resolução tem o respaldo de alguns países da União Europeia, com França e Espanha à frente, de quase toda a América Latina e outros atores internacionais importantes como China e Rússia.
Em todo caso, é quase certo que o pedido seja aprovado já que não precisa passar pelo Conselho de Segurança e só requer a votação majoritária na Assembleia, algo que não ocorreu no ano passado quando seu pedido para ser reconhecido como Estado-membro de pleno direito foi bloqueado pelos EUA.
Enquanto isso, Israel aceita de má vontade que tem a batalha perdida e considera esta nova solicitação uma ''má ideia'' que intensificará o conflito na região, porque, segundo sua opinião, representa uma ''flagrante violação dos Acordos de Oslo'' que criaram a Autoridade Nacional Palestina.
De fato, Israel já declarou que se reserva o direito de tomar ''passos unilaterais'', que podem ser desde represálias de caráter econômico como propõe a ala moderada do Gabinete israelense até ''fazer com que a ANP quebre'' como defendem os mais radicais.
''Não queremos prolongar este conflito, queremos acabar com esta tragédia, mas não somos tolos nem estúpidos. Se não se movimentam na mesma direção (...) teremos que considerar todas as opções'', advertiu ontem o representante palestino na ONU, Riad Mansour.
Uma dessas opções é levar Israel perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) pelo caso do possível envenenamento de Yasser Arafat, segundo anunciaram nesta mesma semana os responsáveis da comissão da ANP encarregada de investigar as circunstâncias de sua morte.
Os restos do histórico líder palestino foram exumados na terça-feira para que uma equipe de analistas suíços e franceses possa determinar as causas de sua morte a partir dos resultados de análises que não serão divulgados ''antes de três meses''.
A votação de amanhã é a quarta tentativa das autoridades palestinas para conseguir um maior respaldo internacional desde que as Nações Unidas reconheceram o direito à autodeterminação do povo palestino em 1974.