Abbas diz que negociações com Israel estão paradas
Após o encontro com Mursi, Abbas disse que ''não há negociações bilaterais, mas meras relações entre ambas as partes''
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2012 às 19h23.
Cairo - O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, reuniu-se nesta quarta-feira com o governante egípcio, Mohammed Mursi, e afirmou que ''as portas estão fechadas para um processo político com Israel ''.
Após o encontro com Mursi, Abbas disse que ''não há negociações bilaterais, mas meras relações entre ambas as partes''.
As conversas diretas entre os palestinos e Israel foram paralisadas em setembro de 2010, quando os palestinos se retiraram das negociações devido à recusa israelense de interroper a construção de assentamentos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.
O Egito foi o responsável por intermediar as negociações entre Israel e os palestinos nos últimos anos e também ajudou na reconciliação palestina.
Assim que o processo de reconciliação entre a facção nacionalista Fatah e a islamita Hamas chegou ao fim, o líder palestino afirmou que Mursi não precisava apoiar nenhum dos grupos.
''A ANP não tem nenhum problema com o Hamas, mas a reconciliação para nós significa realizar as eleições, e não entendemos por que o Hamas adiou a elaboração da votação em Gaza'', disse.
Fatah e Hamas assinaram um pacto de reconciliação na capital egípcia em 4 de maio de 2011, e em fevereiro deste ano decidiram em Doha que Abbas dirigiria o Governo de união nacional que preparará as próximas eleições presidenciais e legislativas palestinas.
A disputa entre as duas facções remete a junho de 2007, quando os islamitas tomaram o controle de Gaza após expulsar as forças leais de Abbas, o que originou dois Governos palestinos: um do Hamas, em Gaza, e outro da ANP, sustentado pelo Fatah, na Cisjordânia.
Além de impulsionar a reconciliação palestina e o processo de paz com Israel, os dois líderes também conversaram sobre os esforços realizados para conseguir que os palestinos tenham um Estado independente.
No encontro, também foi abordada a crise econômica que sofre a ANP e as ajudas que alguns países árabes, como a Arábia Saudita, fornecem à instituição.
Além de Mursi e Abbas, o chefe dos serviços secretos do Egito, Murad Muafi, também esteve presente no encontro, assim como o embaixador palestino no Cairo e delegado perante a Liga Árabe, Barakat al Farra, entre outros.
Abbas, que chegou no Egito na terça-feira, realiza sua primeira visita ao país desde que Mursi assumiu a presidência, em 30 de junho.
A viagem coincide com a do líder do Hamas, Khaled Meshaal, que se reuniu nesta quarta com Muafi. Amanhã, ele irá se reunir com o líder egípcio.
Em seu encontro com o chefe dos serviços secretos, ficou marcada uma reunião com Mursi na quinta-feira, na qual também entrará em pauta a reconciliação palestina e o processo de paz.
A visita de Meshaal terá duração de dois dias e embora coincida com a de Abbas, não está claro se os dois dirigentes palestinos se encontrarão na capital egípcia.
Cairo - O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, reuniu-se nesta quarta-feira com o governante egípcio, Mohammed Mursi, e afirmou que ''as portas estão fechadas para um processo político com Israel ''.
Após o encontro com Mursi, Abbas disse que ''não há negociações bilaterais, mas meras relações entre ambas as partes''.
As conversas diretas entre os palestinos e Israel foram paralisadas em setembro de 2010, quando os palestinos se retiraram das negociações devido à recusa israelense de interroper a construção de assentamentos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.
O Egito foi o responsável por intermediar as negociações entre Israel e os palestinos nos últimos anos e também ajudou na reconciliação palestina.
Assim que o processo de reconciliação entre a facção nacionalista Fatah e a islamita Hamas chegou ao fim, o líder palestino afirmou que Mursi não precisava apoiar nenhum dos grupos.
''A ANP não tem nenhum problema com o Hamas, mas a reconciliação para nós significa realizar as eleições, e não entendemos por que o Hamas adiou a elaboração da votação em Gaza'', disse.
Fatah e Hamas assinaram um pacto de reconciliação na capital egípcia em 4 de maio de 2011, e em fevereiro deste ano decidiram em Doha que Abbas dirigiria o Governo de união nacional que preparará as próximas eleições presidenciais e legislativas palestinas.
A disputa entre as duas facções remete a junho de 2007, quando os islamitas tomaram o controle de Gaza após expulsar as forças leais de Abbas, o que originou dois Governos palestinos: um do Hamas, em Gaza, e outro da ANP, sustentado pelo Fatah, na Cisjordânia.
Além de impulsionar a reconciliação palestina e o processo de paz com Israel, os dois líderes também conversaram sobre os esforços realizados para conseguir que os palestinos tenham um Estado independente.
No encontro, também foi abordada a crise econômica que sofre a ANP e as ajudas que alguns países árabes, como a Arábia Saudita, fornecem à instituição.
Além de Mursi e Abbas, o chefe dos serviços secretos do Egito, Murad Muafi, também esteve presente no encontro, assim como o embaixador palestino no Cairo e delegado perante a Liga Árabe, Barakat al Farra, entre outros.
Abbas, que chegou no Egito na terça-feira, realiza sua primeira visita ao país desde que Mursi assumiu a presidência, em 30 de junho.
A viagem coincide com a do líder do Hamas, Khaled Meshaal, que se reuniu nesta quarta com Muafi. Amanhã, ele irá se reunir com o líder egípcio.
Em seu encontro com o chefe dos serviços secretos, ficou marcada uma reunião com Mursi na quinta-feira, na qual também entrará em pauta a reconciliação palestina e o processo de paz.
A visita de Meshaal terá duração de dois dias e embora coincida com a de Abbas, não está claro se os dois dirigentes palestinos se encontrarão na capital egípcia.