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A recessão geopolítica

A economia global, como se sabe, avançou menos que o previsto em 2016 – a última previsão do Fundo Monetário Internacional aponta um crescimento de 3,1%, 0,3 ponto abaixo da estimativa inicial. Um estudo publicado ontem pela consultoria de risco político Eurasia Group aponta que o maior problema não está na economia, mas na política. […]

KIM JONG UN: o presidente norte-coreano é uma das fontes de instabilidades políticas em 2017  / KCNA via REUTERS

KIM JONG UN: o presidente norte-coreano é uma das fontes de instabilidades políticas em 2017 / KCNA via REUTERS

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 05h33.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.

A economia global, como se sabe, avançou menos que o previsto em 2016 – a última previsão do Fundo Monetário Internacional aponta um crescimento de 3,1%, 0,3 ponto abaixo da estimativa inicial. Um estudo publicado ontem pela consultoria de risco político Eurasia Group aponta que o maior problema não está na economia, mas na política. Para a Eurasia, o mundo vive uma recessão geopolítica, que só vai se tornar mais renhida em 2017.

“O mundo vive recessões econômicas a cada ciclo de sete a oito anos. Mas não vive uma recessão geopolítica desde o fim da Segunda Guerra, em 1945. Essa hora chegou”, afirma Ian Bremer, presidente do Eurasia Group.

A Eurasia aponta 10 grandes riscos para o ano. Alguns são conhecidos: ceticismo com tratados comerciais, alinhamento de Donald Trump com movimento nacionalistas europeus, Merkel mais fraca, crise de refugiados na Europa, recessão renitente no Brasil. Mas há riscos novos no radar, como um ano difícil para a África do Sul e o continente africano; a Coreia do Norte como ponto de desequilíbrio global; o distanciamento entre Trump e Vale do Silício; e, principalmente, a falta de reformas mundo afora.

Todos eles, relembra a Eurasia, dependem de soluções políticas. “Muitos dos maiores desafios do planeta continuam inatacados por falta de urgência. A política nunca foi tão importante para o mercado global em gerações”, afirma o relatório. “Não é hora de sentar e analisar. É hora de encarar a verdade”. Temos longos 361 dias à frente.

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