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60% dos refugiados na UE são mulheres e crianças, dizem ONGs

Organizações fizeram um pedido conjunto aos governos europeus para que deem uma resposta integrada para esta questão

Crianças refugiadas: conforme um levantamento feito por essas entidades, um de cada três refugiados são crianças (Darrin Zammit Lupi / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 15h01.

Madri - Um grupo de sete ONGs e instituições em defesa da infância alertaram nesta quarta-feira que pela primeira vez desde o início da crise de refugiados 60% dos que estão em trânsito pela Europa são mulheres e crianças e exigiram da União Europeia (UE) uma solução imediata.

Por causa do Conselho Europeu que realizam amanhã na UE , estas organizações fizeram um pedido conjunto aos governos europeus para que deem uma resposta integrada para esta questão, cumpram seus compromissos de realocação e "evitem que a crise de refugiados se transforme em uma crise de direitos humanos".

Conforme um levantamento feito por essas entidades, um de cada três refugiados são crianças .

As sete organizações lançaram uma lista com dez propostas, entre elas a necessidade de aprovação de um plano de proteção para as crianças não acompanhadas ou separadas de suas famílias.

De acordo com o diretor do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na Espanha, Javier Martos, está é uma situação de grave.

"Estamos perante uma situação de emergência. Crianças estão morrendo ao cruzar o mar. Entendemos que, como potência, a União Europeia deve tomar as rédeas no assunto, não só no âmbito humanitário, mas também parando a guerra", disse ele, ressaltando que esses menores estão expostos às máfias e a exploração.

Já para o diretor da Save the Children na Espanha, Andrés Conde, a Europa não está fazendo o suficiente para acabar com este conflito humanitário sem precedentes.

"Há deveres morais e legais com estas pessoas", destacou.

As organizações lamentaram a forma como os governos europeus estão aplicando os acordos de realocação das pessoas que chegam à Itália e à Grécia, e lembraram que das 160 mil pessoas comprometidas pela UE, apenas 400 foram realocadas.

Com relação aos menores refugiados que chegam a Melilla, cidade espanhola do norte da África, o diretor da Save the Children propôs que os Centros de Estadia Temporária se adaptem para receber as famílias, já que até agora os ocupantes eram, normalmente, imigrantes homens.

A Cruz Vermelha, por sua vez, apelou para o estabelecimento de rotas legais e seguras para os refugiados e condenou "as mais de 400 mortes registradas nos primeiros 45 dias do ano por afogamento".

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Madri - Um grupo de sete ONGs e instituições em defesa da infância alertaram nesta quarta-feira que pela primeira vez desde o início da crise de refugiados 60% dos que estão em trânsito pela Europa são mulheres e crianças e exigiram da União Europeia (UE) uma solução imediata.

Por causa do Conselho Europeu que realizam amanhã na UE , estas organizações fizeram um pedido conjunto aos governos europeus para que deem uma resposta integrada para esta questão, cumpram seus compromissos de realocação e "evitem que a crise de refugiados se transforme em uma crise de direitos humanos".

Conforme um levantamento feito por essas entidades, um de cada três refugiados são crianças .

As sete organizações lançaram uma lista com dez propostas, entre elas a necessidade de aprovação de um plano de proteção para as crianças não acompanhadas ou separadas de suas famílias.

De acordo com o diretor do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na Espanha, Javier Martos, está é uma situação de grave.

"Estamos perante uma situação de emergência. Crianças estão morrendo ao cruzar o mar. Entendemos que, como potência, a União Europeia deve tomar as rédeas no assunto, não só no âmbito humanitário, mas também parando a guerra", disse ele, ressaltando que esses menores estão expostos às máfias e a exploração.

Já para o diretor da Save the Children na Espanha, Andrés Conde, a Europa não está fazendo o suficiente para acabar com este conflito humanitário sem precedentes.

"Há deveres morais e legais com estas pessoas", destacou.

As organizações lamentaram a forma como os governos europeus estão aplicando os acordos de realocação das pessoas que chegam à Itália e à Grécia, e lembraram que das 160 mil pessoas comprometidas pela UE, apenas 400 foram realocadas.

Com relação aos menores refugiados que chegam a Melilla, cidade espanhola do norte da África, o diretor da Save the Children propôs que os Centros de Estadia Temporária se adaptem para receber as famílias, já que até agora os ocupantes eram, normalmente, imigrantes homens.

A Cruz Vermelha, por sua vez, apelou para o estabelecimento de rotas legais e seguras para os refugiados e condenou "as mais de 400 mortes registradas nos primeiros 45 dias do ano por afogamento".

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