5 soldados ucranianos morrem em combate com milícias pró-Rússia
Segundo fontes oficiais, as tropas ucranianas repeliram um ataque em que os rebeldes utilizaram armamento pesado
EFE
Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 11h18.
Kiev - O Ministério da Defesa da Ucrânia informou nesta segunda-feira que cinco militares morreram e outros 16 ficaram feridos nas últimas 24 horas em combates com as milícias separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.
"Nas últimas 24 horas, morreram cinco de nossos militares em ações de combate. Seis ficaram feridos com gravidade e dez sofreram contusões e lesões de diversos graus", disse Andrei Lisenk, porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano em entrevista coletiva.
Segundo fontes oficiais, as tropas ucranianas repeliram no domingo um ataque no qual os rebeldes utilizaram armamento pesado contra posições governamentais.
Aparentemente, cerca de 20 insurgentes morreram nos combates que ocorreram perto da cidade de Svetlodarsk, na região de Donetsk, mas perto da fronteira com Lugansk, os dois principais redutos dos rebeldes pró-Rússia.
Os separatistas, por sua vez, informaram que o exército ucraniano foi o agressor e que sofreram apenas duas baixas em suas fileiras, contra dez das tropas governamentais.
No final de novembro, os ministros das Relações Exteriores de Ucrânia, Rússia, França e Alemanha fracassaram na hora de estipular em Minsk (Belarus) uma roteiro para se solucionar o conflito no leste ucraniano.
No final de outubro, os líderes desses quatro países concordaram em Berlim com a necessidade de se traçar um roteiro para destravar a aplicação dos Acordos de Paz de Minsk firmados em fevereiro de 2015.
As negociações estão estagnadas, entre outras coisas, pela falta de acordo sobre as eleições nas regiões controladas pelos separatistas, já que Kiev exige garantias de segurança e a presença de observadores internacionais.
Além disso, a Ucrânia reivindica o controle da fronteira entre as regiões de Donetsk e Lugansk e o território russo, enquanto Moscou pede a Kiev que aprove o quanto antes uma lei que ofereça altas doses de autonomia às regiões separatistas.