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26 homens são julgados no Egito por "depravação"

A lei egípcia não proíbe formalmente a homossexualidade, mas várias pessoas foram condenadas por "depravação" nos últimos anos


	Egito: a lei egípcia não proíbe formalmente a homossexualidade, mas várias pessoas foram condenadas por "depravação" nos últimos anos
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Egito: a lei egípcia não proíbe formalmente a homossexualidade, mas várias pessoas foram condenadas por "depravação" nos últimos anos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2014 às 15h22.

Um grupo de 26 homens acusados de terem organizado ou participado de "orgias homossexuais" no Egito foi apresentado neste domingo à Justiça, sob acusação de "depravação", após serem presos em um "hammam" (sauna) do Cairo.

Os detidos, alguns deles chorando, tentavam esconder o rosto, enquanto a polícia os fazia entrar, um a um, na cela que servia de banco dos réus.

"Sou inocente. Juro que estava no 'hammam' para um tratamento", disse um dos acusados a um jornalista da AFP. "Eles nos agridem todos os dias", relatou outro detido.

Os 26 homens foram presos em 7 de dezembro em uma sauna pública do bairro de Azbakeya, no centro do Cairo. Entre os detidos, estava o proprietário e quatro funcionários do estabelecimento, julgados por "administração de lugar de depravação" e de "incitar e facilitar a depravação". Os demais são acusados de "depravação e atentado ao pudor".

O processo, que durou apenas alguns minutos neste domingo, foi adiado até 4 de janeiro.

A sauna foi acusada publicamente de ser um lugar de encontro de gays pela estrela da televisão egípcia Mona Iraqi. A lei egípcia não proíbe formalmente a homossexualidade, mas várias pessoas foram condenadas por "depravação" nos últimos anos.

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