20% das crianças africanas não têm acesso a vacinas, diz OMS
Embora entre 2000 e 2014 as mortes por sarampo reduziram 86%, a OMS insistiu que é necessário um maior controle para poder erradicar totalmente a doença
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 10h21.
Nairóbi - A Organização Mundial da Saúde ( OMS ) advertiu nesta terça-feira que 20% das crianças não têm acesso às vacinas básicas na África, continente que tem a menor taxa de imunização do mundo.
No relatório "Cumprindo com uma promessa: garantir a imunização para todos na África", a OMS reconheceu o progresso "considerável" alcançado nos últimos anos, mas pediu aos líderes africanos que priorizem o acesso universal às vacinas.
Esta questão será abordada a partir de amanhã em Adis-Abeba, a capital etíope, durante a primeira cúpula ministerial sobre imunização que reunirá os ministros africanos de Saúde.
"Para que a África possa alcançar seu pleno potencial e garantir um futuro promissor, devemos nos unir para assegurar que todas as crianças no continente recebam as vacinas que necessitam para sobreviver e prosperar", expressou a diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti.
Assim, Moeti insistiu que é "inaceitável" que atualmente uma de cada cinco crianças africanas não tenha acesso a estas vacina e que só nove países do continente registrassem uma cobertura de imunização superior a 80% em 2014.
A falta de acesso às vacinas provoca que doenças como o sarampo, a rubéola e o tétano neonatal -praticamente eliminadas na maior parte do mundo- sigam na África.
Embora entre 2000 e 2014 as mortes por sarampo reduziram 86%, a OMS insistiu que é necessário um maior controle para poder erradicar totalmente a doença.
Outro problema que muitos países africanos enfrentam é a fragilidade de seus sistemas sanitários -debilitados devido à crise como o ebola ou os conflitos armados- por isso que outra prioridade dever ser fortalecê-los.
"Inclusive em tempos de crise, as crianças merecem as vacinas básicas e outras intervenções de sobrevivência infantil que podem salvar suas vidas", lembrou a OMS.
Apesar dos desafios existentes, a organização também louvou os progressos realizados nos últimos anos, já que a cobertura de imunização na África passou de 57% em 2000 até 80% em 2014.
Além disso, garantiu que a introdução das novas vacinas, como a do rotavírus, foi um "êxito" devido à colaboração de muitos países.
Próximo da reunião de líderes africanos que será realizada amanhã, o relatório lembrou os benefícios econômicos e sociais que ajuda a vacinação, já que famílias inteiras podem sair da pobreza se se evitam os custos associados a doenças que podem ser prevenidas.
"Este é o começo de uma nova era sanitária em nosso continente, na qual todos os países estão comprometidos a salvar e melhorar as vidas das crianças utilizando uma das ferramentas mais potentes que inventaram: as vacinas", augurou a presidente da comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini Zuma.
Nairóbi - A Organização Mundial da Saúde ( OMS ) advertiu nesta terça-feira que 20% das crianças não têm acesso às vacinas básicas na África, continente que tem a menor taxa de imunização do mundo.
No relatório "Cumprindo com uma promessa: garantir a imunização para todos na África", a OMS reconheceu o progresso "considerável" alcançado nos últimos anos, mas pediu aos líderes africanos que priorizem o acesso universal às vacinas.
Esta questão será abordada a partir de amanhã em Adis-Abeba, a capital etíope, durante a primeira cúpula ministerial sobre imunização que reunirá os ministros africanos de Saúde.
"Para que a África possa alcançar seu pleno potencial e garantir um futuro promissor, devemos nos unir para assegurar que todas as crianças no continente recebam as vacinas que necessitam para sobreviver e prosperar", expressou a diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti.
Assim, Moeti insistiu que é "inaceitável" que atualmente uma de cada cinco crianças africanas não tenha acesso a estas vacina e que só nove países do continente registrassem uma cobertura de imunização superior a 80% em 2014.
A falta de acesso às vacinas provoca que doenças como o sarampo, a rubéola e o tétano neonatal -praticamente eliminadas na maior parte do mundo- sigam na África.
Embora entre 2000 e 2014 as mortes por sarampo reduziram 86%, a OMS insistiu que é necessário um maior controle para poder erradicar totalmente a doença.
Outro problema que muitos países africanos enfrentam é a fragilidade de seus sistemas sanitários -debilitados devido à crise como o ebola ou os conflitos armados- por isso que outra prioridade dever ser fortalecê-los.
"Inclusive em tempos de crise, as crianças merecem as vacinas básicas e outras intervenções de sobrevivência infantil que podem salvar suas vidas", lembrou a OMS.
Apesar dos desafios existentes, a organização também louvou os progressos realizados nos últimos anos, já que a cobertura de imunização na África passou de 57% em 2000 até 80% em 2014.
Além disso, garantiu que a introdução das novas vacinas, como a do rotavírus, foi um "êxito" devido à colaboração de muitos países.
Próximo da reunião de líderes africanos que será realizada amanhã, o relatório lembrou os benefícios econômicos e sociais que ajuda a vacinação, já que famílias inteiras podem sair da pobreza se se evitam os custos associados a doenças que podem ser prevenidas.
"Este é o começo de uma nova era sanitária em nosso continente, na qual todos os países estão comprometidos a salvar e melhorar as vidas das crianças utilizando uma das ferramentas mais potentes que inventaram: as vacinas", augurou a presidente da comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini Zuma.