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Ibovespa fecha em queda de 1% de olho em noticiário corporativo

Ainda nesta quarta, o mercado vai conhecer a decisão de política monetária no Brasil, com a expectativa predominante por mais um corte de juros no país

B3: investidores permanecem atentos a movimentações do governo em relação à meta fiscal (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: investidores permanecem atentos a movimentações do governo em relação à meta fiscal (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 26 de julho de 2017 às 18h00.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em queda nesta quarta-feira, após subir nos dois pregões anteriores, e com investidores de olho no noticiário corporativo mais intenso conforme avança a temporada de balanços.

O Ibovespa fechou em queda de 1 por cento, a 65.010 pontos, perto da mínima da sessão e após subir 0,31 por cento no melhor momento do dia. Nos dois pregões anteriores, índice acumulou alta de 1,52 por cento.

O giro financeiro dos negócios desta quarta-feira somou 6,87 bilhões de reais.

No front político, embora o noticiário esteja mais esvaziado, em meio ao recesso no Congresso Nacional, investidores permanecem atentos a movimentações do governo em relação à meta fiscal, além das articulações do presidente Michel Temer para barrar a denúncia contra ele na Câmara dos Deputados.

"O mercado ainda está ficando muito amuado com a questão política", disse o economista da corretora Nova Futura Pedro Paulo Silveira.

Corroborando a preocupação com a situação fiscal do país, os dados referentes ao governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) mostraram déficit primário de 19,798 bilhões de reais em junho, o maior déficit para o mês desde o início da série histórica em 1997.

Do lado externo, o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, não trouxe surpresas ao manter a taxa de juros e indicar que o ritmo de altas permanecerá gradual.

Ainda nesta quarta-feira, o mercado vai conhecer a decisão de política monetária no Brasil, com a expectativa predominante por mais um corte de juros no país.

Destaques

- VALE PNA teve baixa de 2,51 por cento e VALE ON perdeu 3,1 por cento, em dia de queda para os contratos futuros do minério de ferro na China. Nos dois pregões anteriores, os papéis PNA acumularam alta de 7,3 por cento.

- GERDAU PN caiu 5,3 por cento, pior desempenho do Ibovespa, CSN ON teve perda de 4,48 por cento e USIMINAS PNA cedeu 2,55 por cento. Os papéis das siderúrgicas sofreram após o Instituto Aço Brasil (IABr) piorar a projeção para vendas de aço no Brasil este ano para queda de 1,3 por cento, ante estimativa de crescimento de 1,3 por cento.

- LOJAS RENNER ON caiu 3,31 por cento, após a varejista de moda reportar alta de 10,7 por cento no lucro líquido do segundo trimestre ante igual período do ano passado. Analistas da corretora Brasil Plural destacaram que, embora os números tenham vindo relativamente alinhados com as expectativas, há uma tendência mista.

- PETROBRAS PN caiu 1,82 por cento e PETROBRAS ON recuou 1,67 por cento, na contramão dos preços do petróleo no mercado internacional, que engataram mais uma sessão de ganhos. Segundo analistas, os papéis da petroleira ainda seguem sensíveis às incertezas políticas que rondam o país.

- JBS ON subiu 6,71 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, após a empresa anunciar acordos com bancos para estabilizar dívidas. Para a equipe do BTG Pactual, o acordo é positivo pois dará um alívio na liquidez e uma estabilidade maior do balanço.

- TIM PARTICIPAÇÕES ON ganhou 1,63 por cento, após divulgar lucro líquido no segundo trimestre de 219 milhões de reais, três vezes maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

- GPA PN subiu 2,13 por cento, revertendo as perdas vistas mais cedo quando caiu 2,86 por cento no pior momento do dia. Como pano de fundo estavam os dados do segundo trimestre, com lucro líquido consolidado de 169 milhões de reais, ante prejuízo de 583 milhões de reais um ano antes. Analistas destacaram a melhora dos dados em base anual, mas analistas ressaltaram as dificuldades no curto prazo enfrentadas pela empresa.

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