Dólar: moeda afunda após decisão do BC (Thinkstock/Thinkstock)
Rita Azevedo
Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 17h21.
Última atualização em 31 de janeiro de 2017 às 17h39.
São Paulo — O dólar fechou janeiro com queda acumulada de 3,04%. Foi o segundo mês consecutivo de depreciação da moeda norte-americana frente ao real.
No último pregão do mês, o dólar valorizou 0,75% e fechou cotado a 3,151 reais, depois que o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que poderá não rolar contratos de swap cambial nas próximas semanas. Antes da fala de Ilan, a moeda chegou a bater os 3,10 reais.
Durante o mês, um dos principais fatores que influenciaram o comportamento da moeda norte-americana foi a figura de Donald Trump, que assumiu a Presidência dos Estados Unidos no última dia 20.
Nos primeiros 11 dias de governo, o republicano modificou a política do país com imigrantes, anunciou a construção de um muro na fronteira com o México, mas falou pouco sobre a política fiscal do novo governo.
Além da falta de detalhes sobre os planos de Trump, o mercado passou a desacreditar em novas altas de juros nos Estados Unidos no curto prazo. Isso porque, com uma política protecionista, as chances de aumento da inflação poderiam ser reduzidas, inibindo a atuação do Fed (o banco central de lá).
No cenário interno, pesou para a valorização do real a intervenção do Banco Central, que usou durante o mês mecanismos como o swap cambial. A expectativa de entrada de mais dólares no mercado interno também aumentou no período, com o anúncio de captações externas da Petrobras e da Fibria.