Os bairros mais caros e baratos de São Paulo
Índice FipeZap levanta o preço do metro quadrado dos apartamentos usados na capital paulista e aponta as regiões mais caras e baratas da cidade
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 10h31.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h36.
São Paulo - Para uns, a valorização dos imóveis em São Paulo é uma questão de boom. Outros defendem que o termo certo é bolha. Embora não haja consenso para explicar o fenômeno, o certo é que os preços vem trilhando uma inquestionável trajetória de alta. Segundo o índice FipeZap, uma parceria entre a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e o site Zap Imóveis, o valor do metro quadrado subiu 79% nos últimos três anos. O diretor de marketing do Zap, Eduardo Schaeffer, reconhece que o percentual é significativo. Mas refuta que o movimento guarde semelhanças com a escalada que precedeu a crise nos Estados Unidos. "Até o início de 2008, o valor do metro quadrado em São Paulo não condizia com a importância da cidade, ficando muito abaixo de lugares como Rio de Janeiro e Cidade do México", diz. Schaeffer explica que ainda que o afrouxamento no crédito imobiliário tenha impulsionado a entrada de novas pessoas no mercado imobiliário - aumentando a demanda e, por consequência, os preços – o percentual de imóveis financiados é baixo em relação ao PIB. A crença, portanto, é que ainda dá para crescer de maneira sustentável. Confira, a seguir, o preço do metro quadrado nos bairros mais caros e mais baratos de São Paulo.
![1. Fazenda Morumbi](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_morumbi-predios.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Se no famoso jogo de tabuleiro Monopólio o Morumbi reina entre os distritos mais caros de São Paulo, na vida real a situação se repete com um de seus bairros: na Fazenda Morumbi, a média do metro quadrado para apartamentos antigos bate em 7.592 reais, o preço mais alto da cidade. A região, que já abrigou uma antiga fazenda de chá, foi dividida em grandes lotes com a expansão da cidade no sentido sudoeste, passando a reunir uma boa quantidade de famílias ricas a partir da década de 50. A verticalização chegou, mas o perfil da vizinhança foi mantido. Dados da prefeitura de 2002 apontam que o Morumbi apresenta a maior renda média do município: 6.498,82 reais por mês.
![2. Jardim Paulistano](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_jardim-paulistano-noite.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
3 /11(Veja São Paulo)
Comportando um importante centro financeiro da cidade, o Jardim Paulistano é predominantemente ocupado por famílias de classe alta. Perto das famosas avenidas Paulista e Faria Lima, edifícios comerciais e residenciais galgam degraus cada vez mais altos na escalada imobiliária. Além do Shopping Iguatemi, sedes de corporações como Telefonica e Bank of America também localizam-se na região. Quem decide morar por ali, paga em média 7.578 reais pelo metro quadrado. Entre os endereços mais valorizados estão as ruas Tucumã, Fréderic Chopin, Seridó e Franz Schubert.
![3. Vila Nova Conceição](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_vila-nova-conceicao22.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Localizado dentro do distrito de Moema - dono do mais alto IDH de São Paulo -, a Vila Nova Conceição combina imponentes prédios residenciais com uma boa porção de área verde. A proximidade com o parque Ibirapuera atraiu as construtoras a partir da década de 90. O resultado apareceu sob a forma de edifícios classe AAA, vendidos a cifras milionárias. Segundo o índice da FipeZap, o valor médio do metro quadrado na região é de 7.397 reais. Especialistas ressalvam, contudo, que em lugares como a praça Pereira Coutinho esse preço já supera os 9.000 reais.
![4. Chácara Itaim](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_chacara-itaim.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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No passado, a região sofria com a inundação do rio Pinheiros. Usados para lazer dos ricos proprietários, os grandes terrenos foram então divididos em lotes pequenos, que passaram às mãos dos imigrantes italianos. O perfil imobiliário foi mudando pouco a pouco, mas as cheias do rio, não. A virada aconteceu nos anos 90, depois que investimentos públicos contiveram as inundações e colocaram a região na mira das construtoras. Com ruas ultravalorizadas, como a Fernandes de Abreu, e um parque inaugurado em 2008, a média do metro quadrado na Chácara Itaim já bate em 6.433 reais.
![5. Vila Olímpia](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_vila-olimpia-noite.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Também localizado no distrito do Itaim Bibi, a Vila Olímpia foi outra a se favorecer com as obras subterrâneas que deram fim aos alagamentos. A partir daí, muitas indústrias instaladas na região foram para outros locais, ao passo que prédios comerciais tecnológicos e megaempreendimentos de ponta passaram a ocupar os espaços deixados para trás. Entre a Villa Daslu e a sede do Google no país, a Vila Olímpia abriga uma miríade de escritórios e empresas. Não por acaso, a região concentra mais de 20 helipontos. Para morar perto de toda essa infraestrutura, o morador desembolsa em média 6.247 reais pelo metro quadrado.
![1. Vila Carmosina](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_vila-carmosina.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Do lado dos bairros mais baratos, quem encabeça o ranking é a Vila Carmosina. Outrora ocupada por sítios rurais, a região foi a primeira do distrito de Itaquera a ser loteada. A divisão foi feita em terrenos de 10.000 metros quadrados, posteriormente transformados em um loteamento popular urbano. Dos anos 2000 para cá, o setor industrial e de serviços cresceu a passos largos, mas a verdade é que a maior parte dos moradores desloca-se diariamente para os bairros centrais de São Paulo para trabalhar, e a distância reduz o valor das moradias. O preço do metro quadrado na região é de 2.187 reais.
![2. Artur Alvim](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_artur-alvim.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Pertencente à subprefeitura da Penha, na zona leste da cidade, Artur Alvim ganhou dois conjuntos habitacionais no fim da década de 70: Padre Manuel da Nóbrega e Padre José de Anchieta. O maior desenvolvimento da região, contudo, chegou anos depois, com a inauguração de uma estação de metrô da linha vermelha em 1988. Hoje, a região tem o 39º melhor IDH de São Paulo, atrás de bairros como Tatuapé (18º) e Brás (32º). Na média, o metro quadrado residencial custa 2.372 reais.
![3. Itaquera](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_itaquera7.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Lembrado por ter o maior shopping center da América Latina (Aricanduva, com suas mais de 500 lojas) e o maior Sesc do estado de São Paulo (com mais de 15.000 visitantes diários), o terceiro bairro mais barato da cidade foi o local escolhido para abrigar o futuro estádio do Corinthians. Na mira do mercado imobiliário, Itaquera deve ver seus preços subirem daqui para frente. Por ora, o metro quadrado residencial bate em 2.380 reais.
![4. Capão Redondo](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_capao-redondo-wiki1.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Incrustada no extremo sul da cidade e a mais de 20 quilômetros do centro, a região do Capão Redondo só ganhou energia elétrica no fim dos anos 60. O asfalto chegou quase uma década depois. Não por acaso, o bairro - constantemente lembrado pelo seu índice de violência - ocupa a 77ª posição no ranking do IDH paulistano. O preço dos imóveis, contudo, não chega a ser exatamente uma pechincha: 2.447 reais por metro quadrado.
![5. Cangaíba](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_cangaiba3.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Com mais de 150.000 habitantes, Cangaíba é o distrito mais populoso da Penha. Perto de Guarulhos, a região recebe os visitantes do Parque Ecológico Tietê e um grande fluxo de carros da rodovia Ayrton Senna, que liga a capital ao Vale do Paraíba. Enquanto a renda média não chega aos 1.000 reais, o metro quadrado dos imóveis atinge 2.548 reais.