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Mais caro ou mais barato? (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 7 de junho de 2012 às 08h12.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h22.
A Irlanda é campeã em declínio de preços dos imóveis desde o início da crise, e a queda tem sido vertiginosa. Em relação ao primeiro trimestre de 2011, houve este ano uma diminuição de 18.9% nos preços, depois de uma queda de 13,1% no ano passado, ambos ajustados pela inflação.
O pior é que a queda foi detectada até mesmo nos valores nominais. Ou seja, entre um ano e outro, os imóveis ficaram mais baratos 17,1%. Segundo análise da GPG, as condições restritivas impostas ao crédito aliadas a baixa demanda, além da grande oferta de lares, faz do mercado imobiliário irlandês um dos mais difíceis do mundo no momento.
Como não poderia deixar de ser, o mercado imobiliário grego sofre com a crise que aflige o país e afugenta os investidores. No primeiro trimestre deste ano, os preços caíram 11,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando já tinham caído 10,4%.
Desconsiderando a inflação, ou seja, o preço “de etiqueta” dos imóveis, a queda foi de 9,8% entre os trimestres.
Os preços dos imóveis em Varsóvia caíram 10,9% nos três primeiros meses de 2012 comparado ao mesmo período de 2011, quatro vezes mais que a queda de 2,7% registrada no ano passado. Para o povo polonês, os preços nominais ficaram 7,3% mais em conta entre um ano e outro.
Portugal é o último país da lista onde os preços têm caído dois dígitos acima da inflação, registrando 10,4% entre janeiro e março deste ano comparado a 2011. A queda já havia sido de 6,1% no primeiro trimestre de 2011. Desconsiderando a inflação, o preço dos imóveis saiu 7,3% mais em conta em 2012.
Enquanto a maioria dos países sofre, na indiana Nova Déli os preços subiram 24,4% considerando o primeiro trimestre de 2012 contra o de 2011, quando já haviam registrado um incremento de 9%. Desconsiderando a inflação, o reajuste nominal dos imóveis foi de incríveis 33,3% em um ano.
No Brasil, as estatísticas da GPG incluem apenas São Paulo, onde os imóveis subiram 18,7% acima da inflação, conquistando o segundo lugar entre os 36 países pesquisados. No primeiro trimestre do ano passado, o aumento já havia sido de 17,3%, ficando atrás apenas de Hong Kong, que ocupava o topo na época.
Na prática, o valor cobrado do comprador ficou 25,5% mais caro.
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