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Elephant Skin usa 3D e realidade virtual para ajudar a vender imóveis

Fundada nos Estados Unidos por brasileiros, startup voltada para o setor imobiliário já faturou neste ano mais que o dobro do ano passado inteiro

André, Henrique e Giovana, sócios da agência visual Elephant Skin: o desafio é transformar slides chatos em materiais criativos para atrair clientes (Elephant Skin/Divulgação)
EY

Ernesto Yoshida

Publicado em 27 de agosto de 2020 às 13h50.

Última atualização em 27 de agosto de 2020 às 14h01.

Com escritórios em São Paulo, Miami, Nova York, Los Angeles e Vancouver, a agência visual Elephant Skin nasceu em 2017, nos Estados Unidos, com a intenção de usar recursos em 3D , realidade virtual e vídeos com efeitos cinematográficos — com direito a imagens captadas por drones — para ajudar incorporadoras a atrair clientes. O trabalho vai desde a criação do conceito da campanha ao naming e à produção dos materiais de divulgação.

“Entregamos o escopo completo para a pré-venda”, diz o arquiteto brasileiro Henrique Driessen, CEO da startup , que tem entre seus clientes incorporadoras como Tegra, Vitacon e You, Inc. “Nosso papel é transformar slides chatos em materiais criativos”, afirma.

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Tudo começou em 2015, quando Driessen se mudou para os Estados Unidos para fazer um mestrado em desenvolvimento imobiliário na Nova Southeastern University (NSU). Levou com ele a esposa, Giovana Driessen, também arquiteta. Estabelecidos em Miami , ele começou a trabalhar em uma incorporadora e ela, em uma empresa de paisagismo. “Na hora de apresentar o projeto, o cliente gostava, mas em seguida emendava: ‘Ok, o projeto é legal, mas quem fez a apresentação?’”, lembra Henrique. Foi quando o arquiteto percebeu que o grande diferencial estava em saber captar a dor do incorporador e transformá-la em um conceito que despertasse nas pessoas emoção e senso de pertencimento.

Miami como sede da Amazon

A confirmação de que a startup estava no caminho certo veio em 2017, quando Henrique começou a criar produtos imobiliários para captar investidores. O primeiro projeto foi para destacar o potencial de Miami para os negócios. “A ideia foi justamente fugir do conceito de festas e turismo e explorar o lado business da cidade”, diz Henrique.

A empresa em que trabalhava não aprovou a ideia, mas o arquiteto decidiu seguir sozinho. Marcou uma reunião com a prefeitura e, por coincidência, soube que ela estava participando de uma concorrência para que a Amazon instalasse sua sede em Miami. A cidade escolhida acabou sendo Nova York , mas o filme The Real Downtown Miami é usado até hoje pela prefeitura. Ele também foi o ponto de partida para a criação da Elephant Skin.

O nome da empresa é curioso. Ainda em fase de adaptação e vendo quão desafiador seria recomeçar, Giovana andava desanimada. Até que, certo dia, sua ex-chefe colou em seu monitor um post-it escrito Elephant Skin. A ideia, claro, era incentivá-la a ser resistente e resiliente como a pele de um elefante. “A expressão acabou se encaixando perfeitamente”, conta Henrique.

Apesar de a pandemia ter desacelerado os lançamentos previstos pelas incorporadoras, a empresa tem a expectativa de faturar 4 milhões de reais neste ano. “Faturamos, no primeiro semestre deste ano, o dobro do ano passado inteiro”, afirma Henrique. Ao lado da mulher e do sócio André Ceschim, CFO da empresa, a Elephant Skin segue fazendo jus ao nome. Só que, diferentemente de um elefante, com uma estrutura leve e passos ligeiros.

 

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